Tocantins, 11 de December de 2024 - Mira Jornal - 00:00
7 DE DEZEMBRO/Desrespeito a Carta Magna e a um Povo Traído
7 DE DEZEMBRO/Desrespeito a Carta Magna e a um Povo Traído
Quarenta anos depois de sua emancipação, Miracema do Tocantins, foi escolhida - dia 7 de dezembro de 1988 - para ser capital provisória do Estado do Tocantins.
Neste último sábado, 7 de dezembro, completam exatos 36 anos que a então Miracema do Norte foi escolhida para ser capital provisória do novo estado da Federação, criado pela Constituição Brasileira de 5 de outubro daquele ano (1988).
Na época, o então deputado federal por Goiás, José Wilson Siqueira Campos, juntamente com diversos movimentos separatistas, lograram êxito na divisão do Estado de Goiás, transformando o Norte daquele estado em Tocantins.
Aprovada a existência geográfica do Estado do Tocantins, ele precisava nascer fisicamente e para tal, necessitava de uma mãe e um berço.
Entre as pretensões dos dois extremos mais desenvolvidos na época - Gurupi e Araguaína - sombreados pela centenária Porto Nacional, na região central do novo estado, estava a ‘pacata cidade de Miracema do Norte’, terra amada do melhor amigo do ‘velho timoneiro’, Siqueira Campos, o médigo Raimundo 'Boi' Pires dos Santos.
O ‘timoneiro’ que chegou a fazer greve de fome pela criação do Tocantins, presumidamente deve ter cantarolado a canção do ‘Rei’ Roberto Carlos, feita onze anos antes para seu melhor amigo Erasmo Carlos: “Você meu amigo de fé meu irmão camarada (...)”.
No histórico dia 7 de dezembro de 1988, José, o Siqueira, escolheu... e José, o Sarney, atendeu: Miracema foi escolhida como primeira capital do novo estado, passando a partir de então, ter o sobrenome, ‘do Tocantins’.
Naquele comemorado dia 7, hoje desrespeitado pelos governos, a pacata Miracema viveu dias de festa recepcionando os ‘chegantes’ que cantarolavam a música que Evandro Mesquita (Banda Blitz) compôs e lançou cinco antes (1983): A Dois Passos do Paraíso’.
Foram somente doze meses (1º de janeiro a 31 de dezembro de 1989) de glória, esperança e felicidade limitada. Fatos misteriosos fizeram com que uma ‘provisoriedade’, quem sabe, de 3 a 5 anos, durasse apenas um.
Em 1º de janeiro de 1989, cidade e seu povo se sentiram traídos, simbolicamente como um filho sendo arrancado da mãe, arrastado de seu berço até uma região ainda estranha, repleta de barracões inacabados e edificados apressadamente, chamada de Palmas.
Com a perda, prematura talvez, do tempo justo de ser capital, Miracema do Tocantins sofreu a troca do orgulho pelo dissabor, do respeito pela traição, da esperança pela desconfiança e teve seu amor próprio ferido de morte.
Portando, com intuito de amenizar a dor pelos males causados à primeira capital, o Estado promulgou os artigos 161º da Constituição do Tocantins e o 2º do Regimento Interno da Casa de Leis (Assembleia Legislativa do Tocantins), que determinam a elevação do município à condição de capital a cada ano, tornando Miracema do Tocantins, 'Capital por um dia' todo dia 7 de dezembro, sediando os Três Poderes Estaduais (Executivo, Legilstivo e Judiciário).
Passadas mais de três décadas que Miracema do Tocantins passou à condição de ex-capital, mais uma vez, a data constitucional foi desrespeita, mais uma vez.
Por José Carlos de Almeida - Jornalista.
Neste último sábado, 7 de dezembro, completam exatos 36 anos que a então Miracema do Norte foi escolhida para ser capital provisória do novo estado da Federação, criado pela Constituição Brasileira de 5 de outubro daquele ano (1988).
Na época, o então deputado federal por Goiás, José Wilson Siqueira Campos, juntamente com diversos movimentos separatistas, lograram êxito na divisão do Estado de Goiás, transformando o Norte daquele estado em Tocantins.
Aprovada a existência geográfica do Estado do Tocantins, ele precisava nascer fisicamente e para tal, necessitava de uma mãe e um berço.
Entre as pretensões dos dois extremos mais desenvolvidos na época - Gurupi e Araguaína - sombreados pela centenária Porto Nacional, na região central do novo estado, estava a ‘pacata cidade de Miracema do Norte’, terra amada do melhor amigo do ‘velho timoneiro’, Siqueira Campos, o médigo Raimundo 'Boi' Pires dos Santos.
O ‘timoneiro’ que chegou a fazer greve de fome pela criação do Tocantins, presumidamente deve ter cantarolado a canção do ‘Rei’ Roberto Carlos, feita onze anos antes para seu melhor amigo Erasmo Carlos: “Você meu amigo de fé meu irmão camarada (...)”.
No histórico dia 7 de dezembro de 1988, José, o Siqueira, escolheu... e José, o Sarney, atendeu: Miracema foi escolhida como primeira capital do novo estado, passando a partir de então, ter o sobrenome, ‘do Tocantins’.
Naquele comemorado dia 7, hoje desrespeitado pelos governos, a pacata Miracema viveu dias de festa recepcionando os ‘chegantes’ que cantarolavam a música que Evandro Mesquita (Banda Blitz) compôs e lançou cinco antes (1983): A Dois Passos do Paraíso’.
Foram somente doze meses (1º de janeiro a 31 de dezembro de 1989) de glória, esperança e felicidade limitada. Fatos misteriosos fizeram com que uma ‘provisoriedade’, quem sabe, de 3 a 5 anos, durasse apenas um.
Em 1º de janeiro de 1989, cidade e seu povo se sentiram traídos, simbolicamente como um filho sendo arrancado da mãe, arrastado de seu berço até uma região ainda estranha, repleta de barracões inacabados e edificados apressadamente, chamada de Palmas.
Com a perda, prematura talvez, do tempo justo de ser capital, Miracema do Tocantins sofreu a troca do orgulho pelo dissabor, do respeito pela traição, da esperança pela desconfiança e teve seu amor próprio ferido de morte.
Portando, com intuito de amenizar a dor pelos males causados à primeira capital, o Estado promulgou os artigos 161º da Constituição do Tocantins e o 2º do Regimento Interno da Casa de Leis (Assembleia Legislativa do Tocantins), que determinam a elevação do município à condição de capital a cada ano, tornando Miracema do Tocantins, 'Capital por um dia' todo dia 7 de dezembro, sediando os Três Poderes Estaduais (Executivo, Legilstivo e Judiciário).
Passadas mais de três décadas que Miracema do Tocantins passou à condição de ex-capital, mais uma vez, a data constitucional foi desrespeita, mais uma vez.
Por José Carlos de Almeida - Jornalista.
MIRACEMA, 76 ANOS/Uma história p'ra contar
MIRACEMA, 76 ANOS/Uma história p'ra contar
Neste 25 de agosto, Miracema do Tocantins completa 76 anos de emancipação política. De 1948 a 2024, a ‘Pacata Cidade’ – como outrora era chamada, vem convivendo com frequentes tempestades e raras bonanças.
Antes de libertar-se do jugo de Santa Maria do Araguaia (hoje Araguacema), Miracema foi Bela Vista – nome dado pelo primeiro morador, Pedro Praxedes, no início dos anos 20.
Já nos anos 40, o saudoso Américo Vasconcelos, em homenagem aos indígenas (Xerente) da região, batizou o já distrito com o nome de Miracema, substantivo feminino que significa ‘Migração dos Povos’.
Como o então governo Getúlio Vargas proibia a duplicidade de nomes, um fatídico decreto de dezembro de 1943, denominava o distrito com a toponímia de Cherente (com ch mesmo), que prevaleceu até 25 de agosto de 1948, quando João Reis, Américo Vasconcelos, Zacarias Rocha, Elias Bozaipo e Delfino Araújo, foram buscar em Goiânia uma legenda com o então senador Domingos Velásquez, para disputar as eleições, já que o PSD e a UDN estavam nas mãos de um casal em Santa Maria do Araguaia.
Conforme conta em seu livro 'Retalhos de um passado', o escritor e historiador Américo Vasconcelos, contra tudo e quase todos do município de Couto Magalhães, João Reis foi eleito prefeito e os amigos elegeram-se vereador, quando em clima festivo dos habitantes daqui, seguiram sobre lombos de burros por aproximadamente 200 km, até a sede do município para cerimônia de posse, em Santa Maria do Araguaia, hoje Araguacema.
O primeiro ato da nova legislatura foi a Resolução Nº 1, de autoria do vereador Delfino Araújo, que desmembrava o distrito, criando assim o município de Miracema do Norte, devidamente sancionada pelo prefeito João Reis.
A partir daí, a ‘pacata cidade’ ganhou projeção nacional, confrontando inclusive, sua homônima do Rio de Janeiro, mas o abandono por estar no norte goiano a fez parar no tempo e no espaço.
A exemplo da lenda do pássaro Fênix, que ressurgiu das cinzas, a saga de Miracema estava apena começando:
foi invadida pelas águas do rio Tocantins, em 1980, quando ressurgiu ... das águas, e depois foi cantada pela Banda Blitz na composição de Evandro Mesquita “A Dois Passos do Paraíso”;
serviu de útero e berço para o nascimento do Estado do Tocantins, quando foi primeira capital do Estado, embora em caráter provisório, mas em menos de um ano deixou de ser capital e foi atirada num caos social;
foi sede da regional e de uma subestação da Eletronorte, após ter em seu território a construção da primeira Usina Hidrelétrica privatizada do país, mas logo perdeu a sede da estatal e teve subtraído 50% do ICMS arrecadado da Usina;
teve realizado o sonho da construção de uma ponte sobre o rio Tocantins, porém fora da zona urbana do município.
Miracema ainda perdeu a seccional do IBGE, da Receita Federal, e engoliu os desatinos herdados de duas ONGs que consumiram suor e sangue da administração municipal.
Há seis anos, elegeu um jovem administrador que conseguiu, a ‘duro custo’, fazer ressurgir das cinzas uma cidade desacreditada:
pagou e negociou dívidas; resgatou o crédito municipal; devolveu a auto estima do município e o amor próprio de sua gente; construiu duas sonhadas pontes; negociou com a concessionária a ampliação da rede de água, escoamento de águas pluviais, implantação da rede de esgoto e pavimentação asfaltica em todos os setores da cidade, começando pelo Santa Filomena, já concluído.
Mas o sorriso deu lugar às lagrimas, quando o suposto 'messias' sofreu um tiro na cabeça e o abandono do corpo inerte em sua própria caminhonete abandonada numa estrada vicinal, calou, por enquanto, um povo sofrido, comovido, mas que continua vivo. Vivendo por Miracema.
Por Jornalista José Carlos de Almeida
Antes de libertar-se do jugo de Santa Maria do Araguaia (hoje Araguacema), Miracema foi Bela Vista – nome dado pelo primeiro morador, Pedro Praxedes, no início dos anos 20.
Já nos anos 40, o saudoso Américo Vasconcelos, em homenagem aos indígenas (Xerente) da região, batizou o já distrito com o nome de Miracema, substantivo feminino que significa ‘Migração dos Povos’.
Como o então governo Getúlio Vargas proibia a duplicidade de nomes, um fatídico decreto de dezembro de 1943, denominava o distrito com a toponímia de Cherente (com ch mesmo), que prevaleceu até 25 de agosto de 1948, quando João Reis, Américo Vasconcelos, Zacarias Rocha, Elias Bozaipo e Delfino Araújo, foram buscar em Goiânia uma legenda com o então senador Domingos Velásquez, para disputar as eleições, já que o PSD e a UDN estavam nas mãos de um casal em Santa Maria do Araguaia.
Conforme conta em seu livro 'Retalhos de um passado', o escritor e historiador Américo Vasconcelos, contra tudo e quase todos do município de Couto Magalhães, João Reis foi eleito prefeito e os amigos elegeram-se vereador, quando em clima festivo dos habitantes daqui, seguiram sobre lombos de burros por aproximadamente 200 km, até a sede do município para cerimônia de posse, em Santa Maria do Araguaia, hoje Araguacema.
O primeiro ato da nova legislatura foi a Resolução Nº 1, de autoria do vereador Delfino Araújo, que desmembrava o distrito, criando assim o município de Miracema do Norte, devidamente sancionada pelo prefeito João Reis.
A partir daí, a ‘pacata cidade’ ganhou projeção nacional, confrontando inclusive, sua homônima do Rio de Janeiro, mas o abandono por estar no norte goiano a fez parar no tempo e no espaço.
A exemplo da lenda do pássaro Fênix, que ressurgiu das cinzas, a saga de Miracema estava apena começando:
foi invadida pelas águas do rio Tocantins, em 1980, quando ressurgiu ... das águas, e depois foi cantada pela Banda Blitz na composição de Evandro Mesquita “A Dois Passos do Paraíso”;
serviu de útero e berço para o nascimento do Estado do Tocantins, quando foi primeira capital do Estado, embora em caráter provisório, mas em menos de um ano deixou de ser capital e foi atirada num caos social;
foi sede da regional e de uma subestação da Eletronorte, após ter em seu território a construção da primeira Usina Hidrelétrica privatizada do país, mas logo perdeu a sede da estatal e teve subtraído 50% do ICMS arrecadado da Usina;
teve realizado o sonho da construção de uma ponte sobre o rio Tocantins, porém fora da zona urbana do município.
Miracema ainda perdeu a seccional do IBGE, da Receita Federal, e engoliu os desatinos herdados de duas ONGs que consumiram suor e sangue da administração municipal.
Há seis anos, elegeu um jovem administrador que conseguiu, a ‘duro custo’, fazer ressurgir das cinzas uma cidade desacreditada:
pagou e negociou dívidas; resgatou o crédito municipal; devolveu a auto estima do município e o amor próprio de sua gente; construiu duas sonhadas pontes; negociou com a concessionária a ampliação da rede de água, escoamento de águas pluviais, implantação da rede de esgoto e pavimentação asfaltica em todos os setores da cidade, começando pelo Santa Filomena, já concluído.
Mas o sorriso deu lugar às lagrimas, quando o suposto 'messias' sofreu um tiro na cabeça e o abandono do corpo inerte em sua própria caminhonete abandonada numa estrada vicinal, calou, por enquanto, um povo sofrido, comovido, mas que continua vivo. Vivendo por Miracema.
Por Jornalista José Carlos de Almeida
BORRACHA POLITICA/A história da política e os seus males: quando o tempo apaga ou revela
BORRACHA POLITICA/A história da política e os seus males: quando o tempo apaga ou revela
A política é uma arte moldada pelo tempo, que pode apagar ou destacar as ações de um governante conforme a história reinterpreta o passado.
A política, diferentemente da matemática, não se pauta por exatidão. Enquanto a ciência dos números segue leis imutáveis, a arte de governar é moldada pelas circunstâncias, pelas relações de poder e, acima de tudo, pelo tempo. A história, neste cenário, age como uma espécie de "borracha política", capaz de apagar ou destacar as ações e os feitos de um governante, conforme a memória coletiva vai se adaptando ao passar dos anos.
Desde Aristóteles, que no século V a.C. escreveu sua obra “Política”, a definição de política tem evoluído, mas sem perder sua essência como a arte ou ciência de governar. Na contemporaneidade, no entanto, a política tornou-se também a arte de negociar, um jogo complexo onde interesses públicos e privados se entrelaçam, muitas vezes distorcendo o que seria uma administração ideal.
Quando uma pessoa é eleita ou nomeada para um cargo público, ela recebe um "quadro negro" metafórico, no qual escreverá sua história através de suas ações. Essas ações, por sua vez, ficam registradas na memória do tempo. Algumas vezes, essas marcas são apagadas pelo próprio tempo ou reinterpretadas conforme mudam os valores e as percepções da sociedade. É a chamada "borracha política", que tanto pode obscurecer realizações importantes quanto ressaltar falhas esquecidas.
A administração pública, seja no âmbito federal, estadual ou municipal, exige um equilíbrio delicado entre a técnica e a política. Governantes precisam de um primeiro escalão composto por políticos habilidosos, mas igualmente devem cercar-se de técnicos competentes que entendam a complexidade de suas áreas. Essa combinação é essencial para uma gestão eficiente e equilibrada.
No entanto, a prática nos mostra que nem sempre esse equilíbrio é alcançado. Alguns governantes optam por uma gestão rígida nos primeiros anos de mandato para depois relaxar, visando a reeleição ou a manutenção de poder para um aliado. Outros, mais preocupados em assegurar ganhos pessoais, adotam estratégias que podem ir desde a prevaricação até o uso de "laranjas" para acumular bens de forma dissimulada. Há ainda aqueles que, mesmo honestos, falham ao favorecer uns em detrimento de outros, cometendo incoerências que podem manchar seu legado.
Esses são os males da política que o tempo conta. O tempo não apenas revela as verdadeiras intenções e os erros de um governante, mas também pode apagar o que parecia grandioso em um primeiro momento, conforme novas gerações reavaliam o passado. A "borracha política" não é apenas uma metáfora para o esquecimento, mas um lembrete de que a história é escrita e reescrita conforme novas luzes são lançadas sobre o que um dia foi.
Ao final, fica a reflexão: o que permanecerá escrito no quadro negro do tempo sobre os atuais governantes? E até que ponto essa escrita será fiel aos fatos ou uma construção do que a memória coletiva decidir preservar? A resposta está nas mãos do tempo e, talvez, naquelas que seguram o giz da história.
Por José Carlos de Almeida - Jornalista
A política, diferentemente da matemática, não se pauta por exatidão. Enquanto a ciência dos números segue leis imutáveis, a arte de governar é moldada pelas circunstâncias, pelas relações de poder e, acima de tudo, pelo tempo. A história, neste cenário, age como uma espécie de "borracha política", capaz de apagar ou destacar as ações e os feitos de um governante, conforme a memória coletiva vai se adaptando ao passar dos anos.
Desde Aristóteles, que no século V a.C. escreveu sua obra “Política”, a definição de política tem evoluído, mas sem perder sua essência como a arte ou ciência de governar. Na contemporaneidade, no entanto, a política tornou-se também a arte de negociar, um jogo complexo onde interesses públicos e privados se entrelaçam, muitas vezes distorcendo o que seria uma administração ideal.
Quando uma pessoa é eleita ou nomeada para um cargo público, ela recebe um "quadro negro" metafórico, no qual escreverá sua história através de suas ações. Essas ações, por sua vez, ficam registradas na memória do tempo. Algumas vezes, essas marcas são apagadas pelo próprio tempo ou reinterpretadas conforme mudam os valores e as percepções da sociedade. É a chamada "borracha política", que tanto pode obscurecer realizações importantes quanto ressaltar falhas esquecidas.
A administração pública, seja no âmbito federal, estadual ou municipal, exige um equilíbrio delicado entre a técnica e a política. Governantes precisam de um primeiro escalão composto por políticos habilidosos, mas igualmente devem cercar-se de técnicos competentes que entendam a complexidade de suas áreas. Essa combinação é essencial para uma gestão eficiente e equilibrada.
No entanto, a prática nos mostra que nem sempre esse equilíbrio é alcançado. Alguns governantes optam por uma gestão rígida nos primeiros anos de mandato para depois relaxar, visando a reeleição ou a manutenção de poder para um aliado. Outros, mais preocupados em assegurar ganhos pessoais, adotam estratégias que podem ir desde a prevaricação até o uso de "laranjas" para acumular bens de forma dissimulada. Há ainda aqueles que, mesmo honestos, falham ao favorecer uns em detrimento de outros, cometendo incoerências que podem manchar seu legado.
Esses são os males da política que o tempo conta. O tempo não apenas revela as verdadeiras intenções e os erros de um governante, mas também pode apagar o que parecia grandioso em um primeiro momento, conforme novas gerações reavaliam o passado. A "borracha política" não é apenas uma metáfora para o esquecimento, mas um lembrete de que a história é escrita e reescrita conforme novas luzes são lançadas sobre o que um dia foi.
Ao final, fica a reflexão: o que permanecerá escrito no quadro negro do tempo sobre os atuais governantes? E até que ponto essa escrita será fiel aos fatos ou uma construção do que a memória coletiva decidir preservar? A resposta está nas mãos do tempo e, talvez, naquelas que seguram o giz da história.
Por José Carlos de Almeida - Jornalista
Quando o desejo coletivo é sufocado
Quando o desejo coletivo é sufocado
O comportamento passivo do brasileiro e suas raízes psicológicas e culturais
A passividade do brasileiro diante de injustiças e situações que exigiriam uma atitude mais assertiva é um fenômeno profundamente enraizado na sociedade. Um estudo conduzido por Fábio Iglesias, doutor em Psicologia e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), lança luz sobre as causas desse comportamento coletivo, revelando que a maioria das pessoas age baseando-se mais na opinião alheia do que em suas próprias convicções.
Influência social e conformismo
Iglesias afirma que o brasileiro tende a se comportar conforme o que percebe ser o pensamento e a ação dos outros ao seu redor. "Se o outro não faz, por que eu vou fazer?", essa é a lógica que predomina entre os "não-reclamantes". A crença de que "não vai dar em nada" é comum, refletindo uma mistura de vergonha, medo e desconfiança nas autoridades. Esse comportamento se alinha ao conceito de "ignorância pluralística", introduzido pelo psicólogo social Floyd Alport em 1924. Um exemplo típico ocorre em salas de aula, onde, mesmo diante de dúvidas, os alunos hesitam em se manifestar quando o professor pergunta se todos entenderam o conteúdo.
Difusão da responsabilidade
Outro fator importante destacado por Iglesias é a "difusão da responsabilidade". Quando ninguém quer se destacar, a responsabilidade por tomar uma atitude se dilui entre todos, levando à inércia coletiva. Esse fenômeno impede ações assertivas, mesmo quando há prejuízos significativos.
A influência do "jeitinho brasileiro"
O antropólogo Roberto da Matta contribui com outra perspectiva, ligando a passividade ao famoso "jeitinho brasileiro". Segundo ele, a cultura de pequenas transgressões cotidianas, como subornar um guarda de trânsito, estacionar em vagas para deficientes ou usar o acostamento para fugir do trânsito, faz com que os brasileiros sintam que não têm moral para exigir comportamentos éticos de seus governantes. "Molhar a mão" do guarda ou furar uma fila são exemplos de comportamentos que enfraquecem a legitimidade para reclamar de corrupções maiores.
Exceções e a luta por direitos
Entretanto, nem todos os brasileiros se encaixam nesse padrão de passividade. Aqueles que reclamam, protestam e fazem valer seus direitos são vistos como exceções. Segundo Iglesias, todos os estudos sobre o comportamento do brasileiro convergem para a ideia de que somos, em grande parte, passivos.
O estudo de Fábio Iglesias, complementado pelas análises de Roberto da Matta, oferece uma visão detalhada das raízes culturais e psicológicas da passividade brasileira. Entender esses fatores é crucial para fomentar uma mudança de atitude e incentivar uma postura mais ativa e engajada da população.
Resumindo, o estudo revela que o brasileiro é passivo devido à influência social e à cultura do "jeitinho", preferindo agir conforme a opinião alheia.]
Por José Carlos de Almeida
A passividade do brasileiro diante de injustiças e situações que exigiriam uma atitude mais assertiva é um fenômeno profundamente enraizado na sociedade. Um estudo conduzido por Fábio Iglesias, doutor em Psicologia e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), lança luz sobre as causas desse comportamento coletivo, revelando que a maioria das pessoas age baseando-se mais na opinião alheia do que em suas próprias convicções.
Influência social e conformismo
Iglesias afirma que o brasileiro tende a se comportar conforme o que percebe ser o pensamento e a ação dos outros ao seu redor. "Se o outro não faz, por que eu vou fazer?", essa é a lógica que predomina entre os "não-reclamantes". A crença de que "não vai dar em nada" é comum, refletindo uma mistura de vergonha, medo e desconfiança nas autoridades. Esse comportamento se alinha ao conceito de "ignorância pluralística", introduzido pelo psicólogo social Floyd Alport em 1924. Um exemplo típico ocorre em salas de aula, onde, mesmo diante de dúvidas, os alunos hesitam em se manifestar quando o professor pergunta se todos entenderam o conteúdo.
Difusão da responsabilidade
Outro fator importante destacado por Iglesias é a "difusão da responsabilidade". Quando ninguém quer se destacar, a responsabilidade por tomar uma atitude se dilui entre todos, levando à inércia coletiva. Esse fenômeno impede ações assertivas, mesmo quando há prejuízos significativos.
A influência do "jeitinho brasileiro"
O antropólogo Roberto da Matta contribui com outra perspectiva, ligando a passividade ao famoso "jeitinho brasileiro". Segundo ele, a cultura de pequenas transgressões cotidianas, como subornar um guarda de trânsito, estacionar em vagas para deficientes ou usar o acostamento para fugir do trânsito, faz com que os brasileiros sintam que não têm moral para exigir comportamentos éticos de seus governantes. "Molhar a mão" do guarda ou furar uma fila são exemplos de comportamentos que enfraquecem a legitimidade para reclamar de corrupções maiores.
Exceções e a luta por direitos
Entretanto, nem todos os brasileiros se encaixam nesse padrão de passividade. Aqueles que reclamam, protestam e fazem valer seus direitos são vistos como exceções. Segundo Iglesias, todos os estudos sobre o comportamento do brasileiro convergem para a ideia de que somos, em grande parte, passivos.
O estudo de Fábio Iglesias, complementado pelas análises de Roberto da Matta, oferece uma visão detalhada das raízes culturais e psicológicas da passividade brasileira. Entender esses fatores é crucial para fomentar uma mudança de atitude e incentivar uma postura mais ativa e engajada da população.
Resumindo, o estudo revela que o brasileiro é passivo devido à influência social e à cultura do "jeitinho", preferindo agir conforme a opinião alheia.]
Por José Carlos de Almeida
MIRACEMA / Oposição unida contra reeleição
MIRACEMA / Oposição unida contra reeleição
Pré-candidaturas: Saulo desiste, Ivory vai tentar e Andréia, Aprijo e Dr. Thiago continuam tentando
Três dias depois que Laurez Moreira/PDT esteve na primeira capital do Estado para receber o título de ‘Cidadão Miracemrense’, um vídeo nas redes sociais deixou eufórica a conjuntura política oposicionista à atual gestão municipal.
O vice-governador participou da sessão solene da Câmara Municipal dia 15 último, acompanhado do deputado estadual Ivory de Lira/PCdoB e do então pré-candidato a prefeito Saulo Milhomem/PDT.
Na oportunidade ainda esteve presente a também contemplada com a cidadania miracemense, secretária estadual da Mulher Berenice Barbosa, irmã do governador Wanderlei Barbosa, assim como ela, do partido Republicanos.
Até aquela segunda-feira, a declarada oposição à gestão municipal de Miracema do Tocantins, anunciava pelos cinco tentáculos liderados pelos pré-candidatos: Andréia Bucar/PP (Júnior Evangelista); Aprijo Ribeiro/SD; Dr. Thiago Franco/PRD; Saulo Milhomem/PDT; e, provavelmente, mais alguém referendado pelo deputado Ivory de Lira.
Segundo simpatizantes e correligionários, há um pacto que determina que a escolha do candidato majoritário será aquele que apresentar melhor performance para disputar a eleição, aniquilando quaisquer possibilidades de mais de uma candidatura oposicionista.
Ocorre que na manhã desta quinta-feira, 18, num vídeo publicado nas redes sociais, o ex-prefeito Saulo Milhomem, em áudio e imagem, anunciou sua desistência de pré-candidatura. “Estou abdicando desse processo eleitoral”, disse assegurando que confia no direcionamento a ser dado pelo deputado Ivory.
De acordo com um jornal de Palmas, Ivory de Lira teria confirmado sua pré-candidatura a prefeito de sua cidade natal, informando que “Quero discutir uma coalizão política com várias forças da cidade”.
Embora assegure que tem boas relações com o governador Wanderlei Barbosa que conquistou a prefeita Camila Fernandes para seu partido Republicanos, atual legenda do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Amélio Cayres de Almeida, de quem é vice-presidente, também é Republicanos, o ex-vereador por Miracema, Palmas e deputado reeleito Ivory de Lira sinalizou tentar, com sua pré-candidatura, formalizar com os já declarados pré-candidatos, uma coalizão para chapa única de oposição na disputa contra a atual prefeita que vai tentar a reeleição.
Segundo uma fonte, Andréia Bucar, esposa do ex-prefeito e ex-deputado estadual Júnior Evangelista, inelegível até 2025, vem anunciando sua pré-candidatura. inclusive com chapa formada para candidaturas a vereador. O mesmo acontece com o atual vice-prefeito Aprijo Ribeiro/Solidariedade que reitera sua pré-candidatura a prefeito, sobretudo após uma reunião com seu grupo de pré-candidatos a vereador, assim como o advogado Thiago Franco/PRD que dias, através de uma publicação, confirmou estar pré-candidato a prefeito de Miracema do Tocantins.
Não obstante, o processo eleitoral da primera capital aparece, até segunda ordem, com a atual gestora Camila Fernandes/ Republicanos, na disputa pela reeleição, amparada por duas chapas de candidatos a vereador: Republicanos e União Brasil, ambas compostas inclusive com três vereadores cada.
Pela oposição, como pré-candidatos na corrida pela candidatura majoritária aparecem:
Empresário, Produtor Rural e Farmaceutico Aprijo Ribeiro, atual vice-prefeito e presidente municipal do Solidariedade, partido que conta com chapa de pré-candidatos a vereador pronta, incluindo o atual presidente da Câmara Municipal Agenor Alves, eleito pela legenda em 2020 juntamente com um colega (Sírio Ferreira);
Ex-primeira-dama e esposa do ex-prefeito e ex-deputado estadual Júnior Evangelista, pré-candidata a prefeita municipal pelo partido Progressistas, que também já conta com chapa de pré-candidatos a vereador, entre eles alguns ex-vereadores.
Advogado Dr. Thiago do PRD (Partido Renovador Democrático) legenda formada pela junção do PTB com Patriotas. Partdo pelo qual a ex-vereadora Maria Bala disputou eleição para prefeita em 2020.
O MIRA Jornal apurou que, ainda nesta semana (provavelmente sábado, 20) vai acontecer uma reunião geral entre os grupos para definir estratégias e pré-candidaturas para as eleições de outubro próximo.
Por José Carlos de Almeida
Três dias depois que Laurez Moreira/PDT esteve na primeira capital do Estado para receber o título de ‘Cidadão Miracemrense’, um vídeo nas redes sociais deixou eufórica a conjuntura política oposicionista à atual gestão municipal.
O vice-governador participou da sessão solene da Câmara Municipal dia 15 último, acompanhado do deputado estadual Ivory de Lira/PCdoB e do então pré-candidato a prefeito Saulo Milhomem/PDT.
Na oportunidade ainda esteve presente a também contemplada com a cidadania miracemense, secretária estadual da Mulher Berenice Barbosa, irmã do governador Wanderlei Barbosa, assim como ela, do partido Republicanos.
Até aquela segunda-feira, a declarada oposição à gestão municipal de Miracema do Tocantins, anunciava pelos cinco tentáculos liderados pelos pré-candidatos: Andréia Bucar/PP (Júnior Evangelista); Aprijo Ribeiro/SD; Dr. Thiago Franco/PRD; Saulo Milhomem/PDT; e, provavelmente, mais alguém referendado pelo deputado Ivory de Lira.
Segundo simpatizantes e correligionários, há um pacto que determina que a escolha do candidato majoritário será aquele que apresentar melhor performance para disputar a eleição, aniquilando quaisquer possibilidades de mais de uma candidatura oposicionista.
Ocorre que na manhã desta quinta-feira, 18, num vídeo publicado nas redes sociais, o ex-prefeito Saulo Milhomem, em áudio e imagem, anunciou sua desistência de pré-candidatura. “Estou abdicando desse processo eleitoral”, disse assegurando que confia no direcionamento a ser dado pelo deputado Ivory.
De acordo com um jornal de Palmas, Ivory de Lira teria confirmado sua pré-candidatura a prefeito de sua cidade natal, informando que “Quero discutir uma coalizão política com várias forças da cidade”.
Embora assegure que tem boas relações com o governador Wanderlei Barbosa que conquistou a prefeita Camila Fernandes para seu partido Republicanos, atual legenda do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Amélio Cayres de Almeida, de quem é vice-presidente, também é Republicanos, o ex-vereador por Miracema, Palmas e deputado reeleito Ivory de Lira sinalizou tentar, com sua pré-candidatura, formalizar com os já declarados pré-candidatos, uma coalizão para chapa única de oposição na disputa contra a atual prefeita que vai tentar a reeleição.
Segundo uma fonte, Andréia Bucar, esposa do ex-prefeito e ex-deputado estadual Júnior Evangelista, inelegível até 2025, vem anunciando sua pré-candidatura. inclusive com chapa formada para candidaturas a vereador. O mesmo acontece com o atual vice-prefeito Aprijo Ribeiro/Solidariedade que reitera sua pré-candidatura a prefeito, sobretudo após uma reunião com seu grupo de pré-candidatos a vereador, assim como o advogado Thiago Franco/PRD que dias, através de uma publicação, confirmou estar pré-candidato a prefeito de Miracema do Tocantins.
Não obstante, o processo eleitoral da primera capital aparece, até segunda ordem, com a atual gestora Camila Fernandes/ Republicanos, na disputa pela reeleição, amparada por duas chapas de candidatos a vereador: Republicanos e União Brasil, ambas compostas inclusive com três vereadores cada.
Pela oposição, como pré-candidatos na corrida pela candidatura majoritária aparecem:
Empresário, Produtor Rural e Farmaceutico Aprijo Ribeiro, atual vice-prefeito e presidente municipal do Solidariedade, partido que conta com chapa de pré-candidatos a vereador pronta, incluindo o atual presidente da Câmara Municipal Agenor Alves, eleito pela legenda em 2020 juntamente com um colega (Sírio Ferreira);
Ex-primeira-dama e esposa do ex-prefeito e ex-deputado estadual Júnior Evangelista, pré-candidata a prefeita municipal pelo partido Progressistas, que também já conta com chapa de pré-candidatos a vereador, entre eles alguns ex-vereadores.
Advogado Dr. Thiago do PRD (Partido Renovador Democrático) legenda formada pela junção do PTB com Patriotas. Partdo pelo qual a ex-vereadora Maria Bala disputou eleição para prefeita em 2020.
O MIRA Jornal apurou que, ainda nesta semana (provavelmente sábado, 20) vai acontecer uma reunião geral entre os grupos para definir estratégias e pré-candidaturas para as eleições de outubro próximo.
Por José Carlos de Almeida
‘Borracha Política’ ou ‘Os males da política que o tempo conta a história’.
‘Borracha Política’ ou ‘Os males da política que o tempo conta a história’.
‘Borracha Política’ ou ‘Os males da política que o tempo conta a história’.
Diferentemente da matemática, a política não é uma ciência exata onde dois mais dois são quatro, mas ambas estão uma para outra, assim como o tempo está para a história.
Agora, simbolicamente existe uma espécie de borracha política, que apaga, a bel prazer do tempo, o que um mandatário eletivo pôde escrever, com feitos e ações, sua história política. Isto é: ao ser eleito ou nomeado, recebe uma espécie de quadro negro, onde com o giz das ações, deixa escrito nos anais do tempo, sua passagem de saudosa memoria, ou não..
Sabemos que Política define-se como a arte ou ciência de governar, mas que neste novo tempo, é traduzida por arte de negociar.
A utilização do termo passou a ser popular no século V a.C., quando Aristóteles desenvolveu a sua obra intitulada precisamente “Política”.
Observamos que ao constituir família, todo ser humano contrai para si um conjunto de normas que abrangem direitos e deveres neste tipo de estrutura social, que acabam definindo um comportamento padrão deste indivíduo na organização inserida, neste caso podemos denominar de política familiar.
O mesmo acontece nas políticas sociais e administrativas, aplicando-se a grupos classistas e partidários, que têm conjuntura administrativa, como nos governos, federal, estadual e municipal. Nestes casos chamamos de administrador, que é dirigir recursos humanos, financeiros e materiais, reunidos em unidades organizadas, dinâmicas e capazes de alcançar os objetivos da organização, e ao mesmo tempo, proporcionar satisfação àqueles que obtêm o produto ou serviço e àqueles que executam o trabalho.
Governantes existem de todas as formas, desde aqueles que administram radicalmente sob a tutela das leis esquecendo-se da política, passando por aqueles que administram sob essa tutela, mas sem deixar de exercer a política, até aqueles que ignoram tudo em favor da política.
Sob esse aspecto entendemos que o governante necessita de um primeiro escalão formado por políticos, tendo também necessariamente um segundo escalão, formado por técnicos absolutos em cada área da administração.
Há governantes que jogam duro no primeiro biênio do mandato para aliviar no segundo, obviamente visando guardar a vaga para si ou para um seu.
Outros prevaricam sem deixar rastro, acumulando bens diretamente ou através de ‘laranjas’. Também existem aqueles que 'tudo gasta e nada faz', saindo menos do que chegou enquanto os afilhados transparecem soberbos. Outros ainda, embora honestos e competentes, pecam na incoerência, com privilégios para uns e omissões para outros.
São os males da política que o tempo conta a história.
Por José Carlos de Almeida
Diferentemente da matemática, a política não é uma ciência exata onde dois mais dois são quatro, mas ambas estão uma para outra, assim como o tempo está para a história.
Agora, simbolicamente existe uma espécie de borracha política, que apaga, a bel prazer do tempo, o que um mandatário eletivo pôde escrever, com feitos e ações, sua história política. Isto é: ao ser eleito ou nomeado, recebe uma espécie de quadro negro, onde com o giz das ações, deixa escrito nos anais do tempo, sua passagem de saudosa memoria, ou não..
Sabemos que Política define-se como a arte ou ciência de governar, mas que neste novo tempo, é traduzida por arte de negociar.
A utilização do termo passou a ser popular no século V a.C., quando Aristóteles desenvolveu a sua obra intitulada precisamente “Política”.
Observamos que ao constituir família, todo ser humano contrai para si um conjunto de normas que abrangem direitos e deveres neste tipo de estrutura social, que acabam definindo um comportamento padrão deste indivíduo na organização inserida, neste caso podemos denominar de política familiar.
O mesmo acontece nas políticas sociais e administrativas, aplicando-se a grupos classistas e partidários, que têm conjuntura administrativa, como nos governos, federal, estadual e municipal. Nestes casos chamamos de administrador, que é dirigir recursos humanos, financeiros e materiais, reunidos em unidades organizadas, dinâmicas e capazes de alcançar os objetivos da organização, e ao mesmo tempo, proporcionar satisfação àqueles que obtêm o produto ou serviço e àqueles que executam o trabalho.
Governantes existem de todas as formas, desde aqueles que administram radicalmente sob a tutela das leis esquecendo-se da política, passando por aqueles que administram sob essa tutela, mas sem deixar de exercer a política, até aqueles que ignoram tudo em favor da política.
Sob esse aspecto entendemos que o governante necessita de um primeiro escalão formado por políticos, tendo também necessariamente um segundo escalão, formado por técnicos absolutos em cada área da administração.
Há governantes que jogam duro no primeiro biênio do mandato para aliviar no segundo, obviamente visando guardar a vaga para si ou para um seu.
Outros prevaricam sem deixar rastro, acumulando bens diretamente ou através de ‘laranjas’. Também existem aqueles que 'tudo gasta e nada faz', saindo menos do que chegou enquanto os afilhados transparecem soberbos. Outros ainda, embora honestos e competentes, pecam na incoerência, com privilégios para uns e omissões para outros.
São os males da política que o tempo conta a história.
Por José Carlos de Almeida
“O Ano só começa depois do Carnaval”, dizem os proteladores, conservadores ou os acomodados?
“O Ano só começa depois do Carnaval”, dizem os proteladores, conservadores ou os acomodados?
“O Ano só começa depois do Carnaval”
- dizem os proteladores, conservadores ou os acomodados?
Um dito popular decanta que ‘O ano só começa depois do Carnaval’, quem sabe por que quando o Carnaval passa, saem as máscaras e entram as fantasias.
A maior festa popular do mundo caracteriza-se pela descontração, irreverência, diversão fazendo com que os foliões se libertem das cordas que os prendem durante o resto do ano, período em que as pessoas festejam no seu mundo com a fantasia de que estão em outro.
Na verdade trata-se de um evento de grande valor sociocultural, quando milhões de pessoas gastam suas economias, enquanto milhares faturam muita grana. O Carnaval é um grande negócio.
No ‘País do Carnaval’, o período entre as comemorações de Natal/Ano Novo e o Carnaval é conhecido por uma fase de lazer e férias, que coincide com férias escolares e o interminável recesso do Judiciário e do Congresso Nacional, além da série de ponto facultativo municipal e estadual, deixando a sensação de que janeiro e fevereiro são meses praticamente parados. É preciso resistir para não deixar-se contaminar com o recesso e parar a própria vida.
Não é por acaso que todos temos a sensação de que "o ano só começa depois do Carnaval", conforme dito popular sob julgo dos proteladores, conservadores ou acomodados
A origem da palavra Carnaval vem do latim ‘carnis valles’ (prazeres da carne), cultura milenar, quando as pessoas esbaldavam-se nos quatro dias que antecedem a ‘Quaresma’, para compensar o período de 40 dias de jejum guardados pelos cristãos.
Porém, o gosto carnavalesco não invade todos os espíritos, todos os bolsos e todas as ruas. Para alguns o Carnaval é uma armadilha para o mal, uma licença para o pecado e até um ambiente de drogas, justificando uma despedida dos prazeres da carne, antes da Quaresma, quando estes se abstêm de comer carne. Cada folião curte o Carnaval da forma que lhe apetece, inclusive não participando dele.
Mas, quem acredita/ou não, que o ano só começa depois do Carnaval, que guarde para si, pois é absolutamente importante garantir a liberdade e a escolha de cada um, até porque, segundo a psicanalista Juliane Kravetz, “Algumas pessoas também precisam de artifícios para começar o que realmente importa e usam o Carnaval como desculpa para adiar seus compromissos”.
Não dá para esperar o momento perfeito para retomar a rotina ou começar uma mudança. A coach Juliana Paes Garcia enfatiza que, “Se você sempre esperar o momento perfeito, o Carnaval passar, o ano começar, o Brasil sair da crise, estará terceirizando a chance de felicidade a fatores externos a você”.
Por José Carlos de Almeida
- dizem os proteladores, conservadores ou os acomodados?
Um dito popular decanta que ‘O ano só começa depois do Carnaval’, quem sabe por que quando o Carnaval passa, saem as máscaras e entram as fantasias.
A maior festa popular do mundo caracteriza-se pela descontração, irreverência, diversão fazendo com que os foliões se libertem das cordas que os prendem durante o resto do ano, período em que as pessoas festejam no seu mundo com a fantasia de que estão em outro.
Na verdade trata-se de um evento de grande valor sociocultural, quando milhões de pessoas gastam suas economias, enquanto milhares faturam muita grana. O Carnaval é um grande negócio.
No ‘País do Carnaval’, o período entre as comemorações de Natal/Ano Novo e o Carnaval é conhecido por uma fase de lazer e férias, que coincide com férias escolares e o interminável recesso do Judiciário e do Congresso Nacional, além da série de ponto facultativo municipal e estadual, deixando a sensação de que janeiro e fevereiro são meses praticamente parados. É preciso resistir para não deixar-se contaminar com o recesso e parar a própria vida.
Não é por acaso que todos temos a sensação de que "o ano só começa depois do Carnaval", conforme dito popular sob julgo dos proteladores, conservadores ou acomodados
A origem da palavra Carnaval vem do latim ‘carnis valles’ (prazeres da carne), cultura milenar, quando as pessoas esbaldavam-se nos quatro dias que antecedem a ‘Quaresma’, para compensar o período de 40 dias de jejum guardados pelos cristãos.
Porém, o gosto carnavalesco não invade todos os espíritos, todos os bolsos e todas as ruas. Para alguns o Carnaval é uma armadilha para o mal, uma licença para o pecado e até um ambiente de drogas, justificando uma despedida dos prazeres da carne, antes da Quaresma, quando estes se abstêm de comer carne. Cada folião curte o Carnaval da forma que lhe apetece, inclusive não participando dele.
Mas, quem acredita/ou não, que o ano só começa depois do Carnaval, que guarde para si, pois é absolutamente importante garantir a liberdade e a escolha de cada um, até porque, segundo a psicanalista Juliane Kravetz, “Algumas pessoas também precisam de artifícios para começar o que realmente importa e usam o Carnaval como desculpa para adiar seus compromissos”.
Não dá para esperar o momento perfeito para retomar a rotina ou começar uma mudança. A coach Juliana Paes Garcia enfatiza que, “Se você sempre esperar o momento perfeito, o Carnaval passar, o ano começar, o Brasil sair da crise, estará terceirizando a chance de felicidade a fatores externos a você”.
Por José Carlos de Almeida
MIRACEMA DO TOCANTINS/Cidade mais que maravilhosa: Uma 'Terra Prometida'
MIRACEMA DO TOCANTINS/Cidade mais que maravilhosa: Uma 'Terra Prometida'
Em 25 de agosto de 1948, a Lei Nº 120, sancionada pelo então governador de Goiás, Jerônimo Coimbra Bueno, criava o município de Miracema do Norte, cuja instalação ocorreu dia 1º de janeiro de 1949, sendo nomeado o prefeito Nereu Gonzalez Vasconcelos, sucedido pelo primeiro prefeito eleito, Eurípedes Pereira Coelho, em 29 de maio de 1949.
Quarenta anos depois de sua emancipação, Miracema do Tocantins, foi escolhida, dia 7 de dezembro de 1988, para ser capital provisória do novo estado – Estado do Tocantins - criado pela promulgação da Constituição de 5 de outubro daquele ano.
Uma decisão salomônica do primeiro governador do Estado, José Wilson Siqueira Campos, para evitar uma disputa entre Porto Nacional, Gurupi e Araguaína, que queriam ser capital provisória (quem sabe depois reivindicar ser definitiva) optou por Miracema, terra de seu amigo Raimundo Nonato Pires dos Santos (Raimundo Boi) e próxima à região onde escolheu para edificar uma cidade (Palmas).
Em 1º de janeiro de 1989, já denominada Miracema do Tocantins, passou a ser a primeira capital do Estado, quando nela foram instalados os Três Poderes Estaduais (Executivo – Legislativo - Judiciário) e estabelecidas as primeiras decisões e soluções do mais novo estado brasileiro, a 26ª estrela da Bandeira do Brasil.
O berço nascedouro do Tocantins, a partir daí, sorriu, sofreu e chorou. A felicidade estampada em sorrisos quando recebia inúmeras pessoas – investidores, aventureiros, empreendedores e trabalhadores em geral – vindas de todas as partes do país, em apenas um ano foi transformado em sofrimento, que levou os miracemenses ao desespero, que lhe impôs um choro que parecia eterno.
Um suposto desentendimento entre o primeiro governador do Tocantins, José Wilson Siqueira Campos e o então prefeito de Miracema, Sebastião Borba dos Santos, que teria como motivo o domínio das cotas do Fundo de Participação do Estado e do Município, provavelmente tenha antecipado a transferência da Capital para Palmas, começada a ser construída dia 20 de maio daquele ano. Por outro lado, Siqueira Campos só teria dois anos de mandato, ainda sem possibilidade de reeleição. Tempo que teve para instalar o Estado escolhendo Miracema como capital provisória no primeiro ano e construir e instalar a capital definitiva no segundo. Desta forma impedindo alguma ação contrária de seu sucessor, na época, Moisés Avelino.
A transferência aconteceu seis meses e alguns dias depois de iniciada a obra, ainda em barracões, sem infraestrutura e de forma improvisada.
A partir dai Miracema do Tocantins passou a conviver com um caos social. Esperanças perdidas, descasos injustos e desdém ao passado recente, consumiram a auto estima da gente miracemense, a confiança nos politicos e o medo de uma cidade falifa, que provocou êsodo social.
Uma lei que transforma Miracema em capital por um dia - 7 de dezembro - até os dias de hoje vem tentando adoçar o gosto amargo de uma vida imposta por aqueles que arrancaram abruptamente a capital por causa do capital. Fato que não conseguem, até porque, quando aparecem, vêm de forma incompeta e improvisada.
A cada quatriênio, Miracema elege um 'suposto salvador da pátria', agradando um grupo em dentrimento de outro numa cidade então desunida pelo desemprego e pela miséria periférica, até que um, próximo a unanimidade, acabou sendo assassinado ... e pior: um crime que vem compensado a quem executou e, quem sabe, peincipalmente, a quem mandou..
Quarenta anos depois de sua emancipação, Miracema do Tocantins, foi escolhida, dia 7 de dezembro de 1988, para ser capital provisória do novo estado – Estado do Tocantins - criado pela promulgação da Constituição de 5 de outubro daquele ano.
Uma decisão salomônica do primeiro governador do Estado, José Wilson Siqueira Campos, para evitar uma disputa entre Porto Nacional, Gurupi e Araguaína, que queriam ser capital provisória (quem sabe depois reivindicar ser definitiva) optou por Miracema, terra de seu amigo Raimundo Nonato Pires dos Santos (Raimundo Boi) e próxima à região onde escolheu para edificar uma cidade (Palmas).
Em 1º de janeiro de 1989, já denominada Miracema do Tocantins, passou a ser a primeira capital do Estado, quando nela foram instalados os Três Poderes Estaduais (Executivo – Legislativo - Judiciário) e estabelecidas as primeiras decisões e soluções do mais novo estado brasileiro, a 26ª estrela da Bandeira do Brasil.
O berço nascedouro do Tocantins, a partir daí, sorriu, sofreu e chorou. A felicidade estampada em sorrisos quando recebia inúmeras pessoas – investidores, aventureiros, empreendedores e trabalhadores em geral – vindas de todas as partes do país, em apenas um ano foi transformado em sofrimento, que levou os miracemenses ao desespero, que lhe impôs um choro que parecia eterno.
Um suposto desentendimento entre o primeiro governador do Tocantins, José Wilson Siqueira Campos e o então prefeito de Miracema, Sebastião Borba dos Santos, que teria como motivo o domínio das cotas do Fundo de Participação do Estado e do Município, provavelmente tenha antecipado a transferência da Capital para Palmas, começada a ser construída dia 20 de maio daquele ano. Por outro lado, Siqueira Campos só teria dois anos de mandato, ainda sem possibilidade de reeleição. Tempo que teve para instalar o Estado escolhendo Miracema como capital provisória no primeiro ano e construir e instalar a capital definitiva no segundo. Desta forma impedindo alguma ação contrária de seu sucessor, na época, Moisés Avelino.
A transferência aconteceu seis meses e alguns dias depois de iniciada a obra, ainda em barracões, sem infraestrutura e de forma improvisada.
A partir dai Miracema do Tocantins passou a conviver com um caos social. Esperanças perdidas, descasos injustos e desdém ao passado recente, consumiram a auto estima da gente miracemense, a confiança nos politicos e o medo de uma cidade falifa, que provocou êsodo social.
Uma lei que transforma Miracema em capital por um dia - 7 de dezembro - até os dias de hoje vem tentando adoçar o gosto amargo de uma vida imposta por aqueles que arrancaram abruptamente a capital por causa do capital. Fato que não conseguem, até porque, quando aparecem, vêm de forma incompeta e improvisada.
A cada quatriênio, Miracema elege um 'suposto salvador da pátria', agradando um grupo em dentrimento de outro numa cidade então desunida pelo desemprego e pela miséria periférica, até que um, próximo a unanimidade, acabou sendo assassinado ... e pior: um crime que vem compensado a quem executou e, quem sabe, peincipalmente, a quem mandou..
CAPITAL DO TOCANTINS/De Miracema à Palmas, uma história de amor e dor.
CAPITAL DO TOCANTINS/De Miracema à Palmas, uma história de amor e dor.
Neste sábado, dia 20 de maio, Palmas comemora seu 34º aniversário. Nesta data em 1989 aconteceu o lançamento da ‘Pedra Fundamental’ da construção de uma cidade para ser a capital definitiva do Estado do Tocantins.
Miracema do Tocantins era a capital provisória do mais novo estado brasileiro criado pela promulgação da Constituição Brasileira em 5 de outubro de 1988, quando dia 7 de dezembro daquele ano, a ‘pacata cidade’ foi escolhida para ser o berço nascedouro do Tocantins, até que fosse criado e construído o município de Palmas para onde seria transferida a Capital, de acordo com o projeto do primeiro governador José Wilson Siqueira Campos.
Com mandato de apenas dois anos (1988/1990), o ex-deputado federal projetou, ao assumir o governo do estado, no primeiro ano criar e instalar o estado numa capital provisória, e no segundo, construir e transferir a Capital para sua sede definitiva.
Acredita-se que, se assim não fosse, como naquela época não havia reeleição, seu sucessor poderia, quem sabe, abdicar de construir uma Capital e transferir esta para um dos municípios declaradamente interessados como Porto Nacional, Gurupi e Araguaina ou, quem sabe, construir e expandir Miracema, transformando-a em Capital definitiva.
Nos anais da história recente consta que, em 1º de janeiro de 1989, em Miracema foi instalada a primeira capital do Tocantins, a partir de onde nasceram os três poderes estaduais (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Aquele ‘Ano 01’ (1989) do Tocantins, sendo o berço onde nasceu o organograma do estado com seus órgãos e autarquias, assim como extensões regionais e seccionais de instituições federais, foi escrita e promulgada a Carta Magna (Constituição) do Estado.
Palmas passou a existir, mesmo de forma improvisada sob barracões, construídos sobre áreas desapropriadas, a partir de 1º de janeiro de 1990, causando a controvérsia sobre a idade de Palmas: a Pedra Fundamental para inicio da construção foi em 20 de maio de 1989, mas de fato a transferência ocorreu em 1º de janeiro de 1990.
É histórico e verdadeiro que Palmas teve apenas sete meses e dez dias (de 20 de maio a 31 de dezembro de 1989) para ser criada com a manobra dos Poderes Executivo e Legislativo, com aquiescência do Judiciário, para inverter direitos e deveres da então Taquarussu do Porto com a área em construção e adjacências que hoje é o município de Palmas.
Quando se festeja o aniversário de Palmas, nasce um sorriso em muitos rostos, pelo testemunho de uma cidade construída, pela maravilha que se tornou a capital do Tocantins e pela emoção de estar nela ou próxima cultivando perspectivas de futuro.
Mas, em outros, depois do sorriso correm lágrimas de tristeza, não somente pelo descaso imposto àquela que foi capital do Tocantins, mas também pela injustiça do não reconhecimento do período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1989, quando foi capital e serviu de ventre para o Estado nascer.
Jornalista José Carlos de Almeida
Miracema do Tocantins era a capital provisória do mais novo estado brasileiro criado pela promulgação da Constituição Brasileira em 5 de outubro de 1988, quando dia 7 de dezembro daquele ano, a ‘pacata cidade’ foi escolhida para ser o berço nascedouro do Tocantins, até que fosse criado e construído o município de Palmas para onde seria transferida a Capital, de acordo com o projeto do primeiro governador José Wilson Siqueira Campos.
Com mandato de apenas dois anos (1988/1990), o ex-deputado federal projetou, ao assumir o governo do estado, no primeiro ano criar e instalar o estado numa capital provisória, e no segundo, construir e transferir a Capital para sua sede definitiva.
Acredita-se que, se assim não fosse, como naquela época não havia reeleição, seu sucessor poderia, quem sabe, abdicar de construir uma Capital e transferir esta para um dos municípios declaradamente interessados como Porto Nacional, Gurupi e Araguaina ou, quem sabe, construir e expandir Miracema, transformando-a em Capital definitiva.
Nos anais da história recente consta que, em 1º de janeiro de 1989, em Miracema foi instalada a primeira capital do Tocantins, a partir de onde nasceram os três poderes estaduais (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Aquele ‘Ano 01’ (1989) do Tocantins, sendo o berço onde nasceu o organograma do estado com seus órgãos e autarquias, assim como extensões regionais e seccionais de instituições federais, foi escrita e promulgada a Carta Magna (Constituição) do Estado.
Palmas passou a existir, mesmo de forma improvisada sob barracões, construídos sobre áreas desapropriadas, a partir de 1º de janeiro de 1990, causando a controvérsia sobre a idade de Palmas: a Pedra Fundamental para inicio da construção foi em 20 de maio de 1989, mas de fato a transferência ocorreu em 1º de janeiro de 1990.
É histórico e verdadeiro que Palmas teve apenas sete meses e dez dias (de 20 de maio a 31 de dezembro de 1989) para ser criada com a manobra dos Poderes Executivo e Legislativo, com aquiescência do Judiciário, para inverter direitos e deveres da então Taquarussu do Porto com a área em construção e adjacências que hoje é o município de Palmas.
Quando se festeja o aniversário de Palmas, nasce um sorriso em muitos rostos, pelo testemunho de uma cidade construída, pela maravilha que se tornou a capital do Tocantins e pela emoção de estar nela ou próxima cultivando perspectivas de futuro.
Mas, em outros, depois do sorriso correm lágrimas de tristeza, não somente pelo descaso imposto àquela que foi capital do Tocantins, mas também pela injustiça do não reconhecimento do período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1989, quando foi capital e serviu de ventre para o Estado nascer.
Jornalista José Carlos de Almeida
“O Ano só começa depois do Carnaval”, dizem os proteladores, conservadores ou os acomodados?
“O Ano só começa depois do Carnaval”, dizem os proteladores, conservadores ou os acomodados?
Um dito popular decanta que ‘O ano só começa depois do Carnaval’, quem sabe por que quando o Carnaval passa, saem as máscaras e entram as fantasias.
A maior festa popular do mundo caracteriza-se pela descontração, irreverência, diversão fazendo com que os foliões se libertem das cordas que os prendem durante o resto do ano, período em que as pessoas festejam no seu mundo com a fantasia de que estão em outro.
Na verdade trata-se de um evento de grande valor sociocultural, quando milhões de pessoas gastam suas economias, enquanto milhares faturam muita grana. O Carnaval é um grande negócio.
No ‘País do Carnaval’, o período entre as comemorações de Natal/Ano Novo e o Carnaval é conhecido por uma fase de lazer e férias, que coincide com férias escolares e o interminável recesso do Judiciário e do Congresso Nacional, além da série de ponto facultativo municipal e estadual, deixando a sensação de que janeiro e fevereiro são meses praticamente parados. É preciso resistir para não deixar-se contaminar com o recesso e parar a própria vida.
Não é por acaso que todos temos a sensação de que "o ano só começa depois do Carnaval", conforme dito popular sob julgo dos proteladores, conservadores ou acomodados
A origem da palavra Carnaval vem do latim ‘carnis valles’ (prazeres da carne), cultura milenar, quando as pessoas esbaldavam-se nos quatro dias que antecedem a ‘Quaresma’, para compensar o período de 40 dias de jejum guardados pelos cristãos.
Porém, o gosto carnavalesco não invade todos os espíritos, todos os bolsos e todas as ruas. Para alguns o Carnaval é uma armadilha para o mal, uma licença para o pecado e até um ambiente de drogas, justificando uma despedida dos prazeres da carne, antes da Quaresma, quando estes se abstêm de comer carne. Cada folião curte o Carnaval da forma que lhe apetece, inclusive não participando dele.
Mas, quem acredita/ou não, que o ano só começa depois do Carnaval, que guarde para si, pois é absolutamente importante garantir a liberdade e a escolha de cada um, até porque, segundo a psicanalista Juliane Kravetz, “Algumas pessoas também precisam de artifícios para começar o que realmente importa e usam o Carnaval como desculpa para adiar seus compromissos”.
Não dá para esperar o momento perfeito para retomar a rotina ou começar uma mudança. A coach Juliana Paes Garcia enfatiza que, “Se você sempre esperar o momento perfeito, o Carnaval passar, o ano começar, o Brasil sair da crise, estará terceirizando a chance de felicidade a fatores externos a você”.
Por José Carlos de Almeida
A maior festa popular do mundo caracteriza-se pela descontração, irreverência, diversão fazendo com que os foliões se libertem das cordas que os prendem durante o resto do ano, período em que as pessoas festejam no seu mundo com a fantasia de que estão em outro.
Na verdade trata-se de um evento de grande valor sociocultural, quando milhões de pessoas gastam suas economias, enquanto milhares faturam muita grana. O Carnaval é um grande negócio.
No ‘País do Carnaval’, o período entre as comemorações de Natal/Ano Novo e o Carnaval é conhecido por uma fase de lazer e férias, que coincide com férias escolares e o interminável recesso do Judiciário e do Congresso Nacional, além da série de ponto facultativo municipal e estadual, deixando a sensação de que janeiro e fevereiro são meses praticamente parados. É preciso resistir para não deixar-se contaminar com o recesso e parar a própria vida.
Não é por acaso que todos temos a sensação de que "o ano só começa depois do Carnaval", conforme dito popular sob julgo dos proteladores, conservadores ou acomodados
A origem da palavra Carnaval vem do latim ‘carnis valles’ (prazeres da carne), cultura milenar, quando as pessoas esbaldavam-se nos quatro dias que antecedem a ‘Quaresma’, para compensar o período de 40 dias de jejum guardados pelos cristãos.
Porém, o gosto carnavalesco não invade todos os espíritos, todos os bolsos e todas as ruas. Para alguns o Carnaval é uma armadilha para o mal, uma licença para o pecado e até um ambiente de drogas, justificando uma despedida dos prazeres da carne, antes da Quaresma, quando estes se abstêm de comer carne. Cada folião curte o Carnaval da forma que lhe apetece, inclusive não participando dele.
Mas, quem acredita/ou não, que o ano só começa depois do Carnaval, que guarde para si, pois é absolutamente importante garantir a liberdade e a escolha de cada um, até porque, segundo a psicanalista Juliane Kravetz, “Algumas pessoas também precisam de artifícios para começar o que realmente importa e usam o Carnaval como desculpa para adiar seus compromissos”.
Não dá para esperar o momento perfeito para retomar a rotina ou começar uma mudança. A coach Juliana Paes Garcia enfatiza que, “Se você sempre esperar o momento perfeito, o Carnaval passar, o ano começar, o Brasil sair da crise, estará terceirizando a chance de felicidade a fatores externos a você”.
Por José Carlos de Almeida
Mais vídeosVideo Mira
54 ANOS PARA O MOTIVO SER REVELADO. FOI ISSO QUE DECRETOU O FIM DA LENDA |Documentários da fama 2024
Comente
-
José Oliveira Martins
04/11/24 09h12 Miracema do Tocantins está se transformando num puxadinho do PCC doa onde doer. Infelizmente temos um Quartel da PM e... -
mirajornal.com.br
30/10/24 11h29 Projeto da Professora Dorinha que leva transporte e alimentação para institutos federais é aprovado na CAE- A... -
José Professor
07/10/24 06h53 O Brasil é o único Pais do Mundo que é governado por um LADRÃO. Chego a ter vergonha de me declarar como BRASILEIRO....
Galeria de Eventos
Jornal Impresso
Em Breve
2010 c Mira Jornal. Todos os direitos reservados.