Tocantins, 19 de April de 2024 - Mira Jornal - 00:00

O que o jornal não contou

O que o jornal não contou

Monday, 18 de February de 2019, às 18h 06min
Neste final de semana um jornal publicou matéria que versa sobre ações, de caráter civil pública, por improbidade administrativa que a 2ª Promotoria de Justiça da primeira capital do estado teria ajuizado contra vereadores que exerceram mandato no período de 2013 a 2016 sob o título ‘Prefeito, presidente e vice da Câmara estão entre os denunciados em 13 ações de improbidade’.

Na ação a promotora Sterlane de Castro Ferreira, teria pedido devolução “de R$ 1 milhão, perda de cargos públicos e a suspensão de direitos políticos de Saulo Milhomem, Edilson Tavares em 13 ações que incluem outros parlamentares e servidores do Legislativo”.

Naquela oportunidade, Magda Borba exercia o mandato de prefeita (2013/2016) e a presidência da Câmara foi exercida pelos vereadores, Alberane Borba, no primeiro biênio (2013/2014) e o atual secretário de Saúde Raimundo Dias Leal Júnior, no segundo (2015/2016). O atual prefeito Saulo Sardinha Milhomem, o atual presidente da Câmara Edilson Tavares e seu vice-presidente Adilson do Correntinho, naquele período, cumpriam mandato de vereador, assim como Maria Bala, Marlene Coelho, Nasci da Ótica, Pr.Huéder Noleto, Lourenço do Lavajato e Natan do Fórum.

O que não foi contado é que em 2014, conforme informou ao mirajornal.com, o vereador reeleito Adilson do Correntinho, juntamente com os então colegas daquela legislatura, Marlene Coelho e Saulo Milhomem, questionavam um suposto excesso de diárias praticadas pela presidência, culminando com uma denuncia que fizeram ao MPE (Ministério Público Estadual). Segundo Adilson, somente em 2017 a promotora Sterlane pediu aos edis que apresentassem documentos comprobatórios referentes a 2013 e 2014 e que “o MPE não deu resposta na época”, disse.

Conforme assegurou Edilson Tavares, desta vez “a Casa e os vereadores não foram notificados e que ficaram sabendo das ações através das redes sociais que passaram a repercutir a informação do jornal, provocando ‘mames’ e gozações diversas de opositores e desafetos políticos”, disse sugerindo a possibilidade de acionar o jornal judicialmente, acrescentando que até o titulo da matéria, fazendo referencia nominalmente ao prefeito e presidente da Câmara, provoca especulação e difamação ao poderes constituídos.

Na verdade, o MPE promoveu ações de denúncias, cabendo agora ao juizado específico aceitar ou não e a partir daí dar inicio a um processo de oitivas e apresentação documental.

As diárias para o exercício parlamentar são legais, desde que obedeçam a critérios regulados por lei. O abuso e o desvio são crimes contra o patrimônio público, acredito.

O mirajornal.com apurou com uma fonte contábil que, nos três últimos biênios, o Legislativo Municipal de Miracema do Tocantins gastou com diárias, valores aproximados de R$ 52 mil na presidência Alberane Borba (2013/2014); R$ 30 mil na presidência Leal Júnior (2015/2016); e R$ 8 mil na presidência Edilson Tavares 2017/2018.
 

Desrespeitaram, mais uma vez, a Constituição do Estado do Tocantins

Desrespeitaram, mais uma vez, a Constituição do Estado do Tocantins

Friday, 07 de December de 2018, às 15h 00min
Esta sexta-feira, dia 7 de dezembro, registra os 20 anos que Miracema do Tocantins foi escolhida para ser o berço nascedouro de mais um estado da federação, criado há exatos 63 dias (5 de outubro de 1988).

Capital por Um Dia
A transferência da capital por um dia atende aos artigos 161 da Constituição Estadual e o 2º do Regimento Interno da Assembleia Legislativa, que dispõem sobre a elevação do município à condição de Capital a cada ano. Miracema foi a Capital Provisória do Tocantins durante um ano, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1989.


Naquela oportunidade, o líder político que abraçou a causa de Teotônio Segurado, então deputado federal José Wilson Siqueira Campos, principal contemporâneo para divisão do Goiás, foi o primeiro governador do Estado do Tocantins e teve a missão de escolher a capital. Porém, cultivava o sonho, assim como Juscelino Kubitschek, de construir uma cidade.

A despeito de Araguaína, Gurupi e Porto Nacional, que pressionavam para ser a capital do Tocantins, Siqueira Campos viu em Miracema, que nada postulava, a escolha ideal para agradecer o fiel escudeiro e médico, Raimundo ‘Boi’ Nonato Pires dos Santos, e ainda evitar empecilhos para construir uma cidade numa provável acirrada disputa entre os postulantes a sediar o Governo do Tocantins.

Assim foi feito: Naquele 7 de dezembro de 1988, a então pacata cidade de Miracema do Norte, após contatos telefônicos (Presidente Sarney/Siqueira Campos/Raimundo Boi), o nome Miracema ecoou em todo o Brasil, arrastando desbravadores, aventureiros, oportunista, investidores, empreendedores, sonhadores e toda espécie de gente de todos os lugares.

Neste solo nasceu os Três Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário), destes nasceram seus organismos.
Nesta terra foram plantados extensões do Governo Federal.

Enfim, o Tocantins nasceu aqui.

Miracema é mãe porque emprestou seu ventre para nascer um estado e foi berço porque amparou e protegeu esse estado.
Assim como uma mãe, teve um filho que dela nasceu, que amamentou e cuidou, sabendo que não era pra si, pois sabia do sonho de Siqueira, mas também sonhava que tivesse tempo de ser cuidada como mãe para ver seus filhos miracemenses nativos e adotivos, felizes e realizados. Mas o sacrifício não valeu à pena. Anteciparam seus dias de importância quando arrancaram-lhe o filho que tornou-se ingrato, injusto e envergonhado de lembrar-se de onde nasceu.

Era público e notório que Miracema seria capital provisória, até que se construísse uma cidade infra estruturalmente completa para transformar-se em capital definitiva.

Um desacordo de interesses, supõe-se, entre o então prefeito da cidade Sebastião Borba e governador Siqueira Campos, provocou a transferência da capital para Palmas, ainda inacabada.

Segundo analistas, o pivô do imbróglio foi o recurso que a cidade recebia de FPM (Fundo de Participação dos Municípios), por ser capital de estado, equivalente ao que recebia, por exemplo, Goiânia capital do Goiás.

Miracema passou a ser capital do Tocantins a partir de 1º de janeiro de 1989. Já no dia 20 de maio daquele ano, Siqueira Campos lançava a ‘Pedra Fundamental’ para a construção de Palmas.

Com as desavenças, intolerância e egoísmo dos protagonistas da decadência de Miracema do Tocantins, em 1º de janeiro do ano seguinte (1990), exatos 7 meses e 14 dias do inicio de uma obra que duraria pelo menos cinco anos, a capital foi transferida para Palmas, graças também a uma estratégia envolvendo Siqueira Campos e o prefeito de Taquaruçú, Fenelon Barbosa, a Câmara Municipal, além da Assembleia Legislativa do Tocantins, então presidida por Raimundo Boi.

Os Três Poderes estaduais tiveram seus organismos instalados de forma precária, sob barracões de madeira, em áreas inóspitas, entre lamas ou poeiras sazonais, com precariedade no abastecimento de energia elétrica, água e esgoto a céu aberto.

Enquanto isso, Miracema mergulhada num profundo caos a olhos nus, sofreu como uma mãe despejada pelo próprio filho, como uma noiva abandonada no altar.

Foram-lhe virando as costas investidores, políticos empresários e muitos que começaram ou ganharam peso e força aqui na terra de Pedro Praxedes.

Por sua vez, o Estado, tentando compensar um pouco do mal, versou em sua Carta Magna o Art. 161, que anualmente, nesta data, transfere a sede do Governo para a primeira capital.

Fato que somente acontece quando existe algum interesse por trás, mas na maioria das vezes não acontece, desrespeitam a Constituição do Estado, ou acontece acanhadamente com apenas um ou outro Poder Estadual.

Enquanto isso... mais um 7 de dezembro e as mesmas hipocrisia num altar de barro sob a chuva da esperança.

Esqueceram o dia hoje, ninguem fala, ninguem dá importancia; quem sabe porque as eleições deste ano ja aconteceram.

Jornalista José Carlos de Almeida

O Sonho não acabou (Quem e por que tirou a vida de Moisés)

O Sonho não acabou (Quem e por que tirou a vida de Moisés)

Friday, 07 de September de 2018, às 06h 01min
Abatido de forma traiçoeira e cruel, com requinte de motivação política, o jovem prefeito da primeira capital do Tocantins Moisés Costa, tombou dia 30 de agosto, com um tiro fatal na cabeça, que atingiu todos os miracemenses de bem.
Miracema do Tocantins, nas últimas eleições apostou no novo, na mudança. Deixou de lado medalhões políticos da terra de Pedro Praxedes, para resgatar seus sonhos numa nova esperança.


Moisés jamais havia pleiteado um cargo eletivo. Foi abraçado pela cidade em 1.993, vindo de Centenário do Tocantins, com formação contábil, instalou seu escritório (Sercon), foi reconhecido, respeitado e convocado em 2.016, por um grupo insatisfeito com as duas facções políticas e tradicionais da cidade, para trazer o novo e mudar a sofrida primeira capital.

Assim foi feito, assim aconteceu. Foram mais de 84 % dos votos recebidos no município, tornando-o, proporcionalmente, um dos candidatos a prefeito mais bem votados do Brasil. Fato que o tornou cobiçado por figuras estaduais para um assento no Parlamento, e vulnerável a desafetos cujo inconformismo, despeito e inveja, quando menos, lhe sorriam xingando.

Acresce que, ao implantar uma gestão participativa, democrática e transparente, passou a incomodar mais.

Pagava servidores em dia, fato nunca ocorrido em Miracema. Implantou e fez funcionar os PCCS’s, negociou e pagos as dívidas herdadas e resgatou a adimplência do município a níveis estadual e federal.

Celebrava contratos via licitação, exercia prestações de contas ao TCE e cumpria a obrigação de abastecer o Portal de Transparência. Tudo isso, entremeados com obras, reformas e reparos realizados nas zonas urbana e rural em todo ano e oito meses de mandato até sua morte.

Além de tudo, renegociou coma BRK Ambiental, as dívidas do município com as antigas Saneatins e Odebrecht, conquistando ainda a parceria para pavimentação asfaltica e canalização de água e esgoto em toda a cidade, a começar pelo setor Santa Filomena;

Conquistou na Justiça os direitos do Município sobre tributação não cumprida por uma empresa que trabalhou no trajeto da Ferrovia Norte Sul que passa pelo município, recebendo sob custódia bens maquinários como garantia de pagamento, estimando em mais de R$ 20 milhões;

E conforme anunciou recentemente o deputado federal Carlos Gaguim, teria ganhado uma causa de ressarcimento de alguns milhões de reais de origem do INSS da Usina Hidrelétrica, construída no território miracemense.

São muitas conquistas realizadas e muito mais a realizar, deixando vulnerável um homem que abominava a violência, que nunca usou uma arma, embora tenha como esposa uma oficial PM.

Na véspera do aniversário da cidade, foi convidado pelo governador Carlesse para integrar seu grupo e representar Miracema junto ao Governo do Estado, comemorou e recebeu orações no evento 'Dia Municipal do Evangélico', discursou nas inaugurações da obras entregues nos 70 anos do município, quando pediu oração, comemorou e dançou com populares na festa de aniversário durante dia e noite do sábado 25 e n manhã seguinte ainda jogou futebol no encontro estadual dos vereadores. Estava muito alegre, bastante satisfeito e feliz por fazer sua gente feliz.  Uma pergunta que não quer carlar: Quem e por que tirou a vida de Moisés ?

Miracema 70 anos, uma história de amor

Miracema 70 anos, uma história de amor

Friday, 24 de August de 2018, às 06h 35min
Miracema, uma história de amor

Neste dia 25 de agosto, Miracema do Tocantins completa 70 anos de emancipação política. De 1948 a 2018, a “pacata cidade de Miracema do Norte” – como chamavam os conservadores da cidade – sobreviveu às tempestades e conviveu com a bonança. Antes de libertar-se do jugo de Santa Maria do Araguaia (hoje Araguacema), Miracema foi Bela Vista – nome dado pelo primeiro morador, Pedro Praxedes, no início dos anos 20.

Tudo começou quando, no inicio da década de 20, alguns negociantes sertanejos subiram rio Tocantins acima, vindos do Norte e Nordeste, em barcaças carregadas de produtos como sal, couro e miudezas para serem vendidos ou trocados na região.

O local onde hoje é o Ponto de Apoio (Praça Pedro Praxedes), foi transformado por eles em entreposto comercial, logo dando lugar a um povoado onde os não índios passaram a conviver com os Xerentes que habitavam as duas margens do rio Tocantins e toda a região até Porto Nacional.

O primeiro nome ‘Bela Vista’ teria sido denominado por Pedro Praxedes, após deslumbrar-se com a beleza do lugar, confirma seu neto, o advogado Ney Luz Praxedes.

A partir daí outros povoados foram sendo formados, principalmente pelas descobertas dos garimpos de Piaus e Monte Santo, como os povoados de Correntinho (o primeiro bairro de Miracema) e Lageadinho.

Depois da construção da rodovia Belém/Brasília o desenvolvimento chegou à região, quando Bela Vista foi escolhida pela Superintendência de Valorização da Amazônia (SPVEA) para sediar o porto fluvial que levaria materiais e operários para edificação da Ponte SPVEA. Já em 12 de novembro de 1934, o então presidente Getúlio Vargas assinou um decreto elevando todas as sedes de Distritos à categoria de Vila, quando Américo Vasconcelos aproveitou para sugerir a mudança do nome de Vila Bela Vista para Vila Miracema. O nome foi confirmado pela Portaria Nº 32 de 8 de outubro de 1941 assinada pelo então prefeito de Couto Magalhães, Colotário Nogueira, que nomeou Rosa Nolêto Luz para exercer a função de sub-prefeita.

Dois anos depois, com a proibição de dualidade de nomes imposta pelo governo federal, através do Decreto Nº 8305/1943, autoridades desconhecidas substituíram o nome Vila Miracema por Vila Cherente (com “ch”).
Emancipação conquistada - A luta para o desenvolvimento estava apenas começando. A Vila estava sob o julgo dos poderosos da sede do município de Couto Magalhães - distante cerca de 240 km - que eram indiferentes aos problemas da região.

As eleições estavam próximas. A saída seria apoiar um candidato a prefeito e vereadores da Vila.
. Na sede do município, em Santa Maria do Araguaia (atual Araguacema), ao saber que a Vila Cherente teria representantes para disputar as eleições, o presidente do PSD (Partido Social Democrata), João Duarte de Souza, criou também o diretório da UDN (União Democrática Nacional), sob a presidência de sua mulher, Isaurina Maranhão de Souza, objetivando uma coligação com os dois únicos partidos, impedindo assim as candidaturas dos representantes da Vila.
Em Goiânia havia sido criado o Partido Socialista Brasileiro (PSB), cujo presidente, Senador Domingos Velasco, ofereceu a legenda a Américo Vasconcelos que não pensou duas vezes e aceitou.

As eleições aconteceram dia 7 de dezembro de 1947, tendo como candidato a prefeito, José Hespanhol da Silva, pela coligação UDN/PSD e João Reis pelo PSB, representado a Vila Cherente, juntamente com quatro candidatos à Câmara Municipal: Américo Vasconcelos, Zacarias Rocha, Elias Bozaipo e Delfino Araújo.

O PSB elegeu o prefeito e os quatro vereadores e a cerimônia de posse transcorreu com frieza e hostilidade.
O desmembramento - A resolução Nº 1, de 10 de março de 1948, de autoria do vereador Delfino Araújo/PSB, pedindo o desmembramento do terceiro Distrito (Vila Cherente) do município de Couto Magalhães, com sede em Santa Maria do Araguaia - foi o primeiro trabalho da nova Câmara Municipal - aprovada por unanimidade. A mesma propositura pedia ainda o desmembramento de Tupirama e sua anexação ao novo município, denominado Miracema de Goiás.

Naquela época, foi concebido o movimento separatista em favor da criação do Território Vale do Tocantins, que contaminou até o mais simples cidadãos, por isso o nome Miracema de Goiás não agradou a maioria dos habitantes e foi preciso um plebiscito para definir: de Goiás ou do Norte? Ganhou Miracema do Norte por maioria esmagadora.

Em 25 de agosto de 1948, a Lei Nº 120, sancionada pelo governador de Goiás, Jerônimo Coimbra Bueno, criava o município de Miracema do Norte, cuja instalação ocorreu dia 1º de janeiro de 1949, sendo nomeado o prefeito Nereu Gonzalez Vasconcelos, sucedido pelo primeiro prefeito eleito, Eurípedes Pereira Coelho, em 29 de maio de 1949.
Capital do Tocantins - Quarenta anos depois de sua emancipação, Miracema do Tocantins, foi escolhida, dia 7 de dezembro de 1988, para ser capital provisória do novo estado – Estado do Tocantins - criado pela promulgação da Constituição de 5 de outubro daquele ano.

Uma decisão salomônica do primeiro governador do Estado, José Wilson Siqueira Campos, para evitar uma disputa entre Porto Nacional, Gurupi e Araguaína, que queriam ser capital provisória (quem sabe depois reivindicar ser definitiva) optou por Miracema, terra de seu amigo Raimundo Nonato Pires dos Santos (Raimundo Boi) e próxima à região onde escolheu para edificar uma cidade (Palmas).

Em 1º de janeiro de 1989, já denominada Miracema do Tocantins, passou a ser a primeira capital do Estado, quando nela foram instalados os Três Poderes (Executivo – Legislativo - Judiciário) do mais novo estado brasileiro, a 26ª estrela da Bandeira do Brasil.

O berço nascedouro do Tocantins, a partir daí, sorriu, sofreu e chorou. A felicidade estampada em sorrisos quando recebia inúmeras pessoas – investidores, aventureiros, empreendedores e trabalhadores em geral – vindas de todas as partes do país, em apenas um ano foi transformado em sofrimento, que levou os miracemenses ao desespero, que lhe impôs um choro que parecia eterno.

Um suposto desentendimento entre o primeiro governador do Tocantins, José Wilson Siqueira Campos e o então prefeito de Miracema, Sebastião Borba dos Santos, que teria como motivo o domínio das cotas do Fundo de Participação do Estado e do Município, provavelmente tenha antecipado a transferência da Capital para Palmas, começada a ser construída dia 20 de maio daquele ano. A transferência aconteceu seis meses e alguns dias depois de iniciada a obra, ainda em barracões, sem infraestrutura de forma improvisada.

Por José Carlos de Almeida - [email protected] - cel./sapp (63) 981200510
 

Privilégio de ser festeira, outra vez.

Privilégio de ser festeira, outra vez.

Sunday, 22 de July de 2018, às 07h 33min
Desde os tempos do norte goiano, quando carregava a fama de ‘pacata cidade de Miracema do Norte’, quando realizava festas homéricas de carnaval, debutantes, réveillon e outras, a primeira capital do Tocantins, convive ainda com o privilégio de ser denominada ‘cidade festeira’.

Até meados dos anos 40, tudo era motivo de festa, revelam os pioneiros da terra de Pedro Praxedes. Um deles recorda do chamado ‘gurufim’, uma forma de velório onde o adeus ao falecido era com rodadas de café, cachaça e 'contação' de causos e piadas.

Mesmo depois de ser emancipada de Santa Maria do Araguaia em 1948, as festas aconteciam sistematicamente, com mais louvor até porque Miracema era então um município de Goiás.

Quatro décadas depois (1.988) passou a ser do Tocantins, quando foi escolhida para ser o berço do novo estado, um motivo a mais para festejar sempre.

Mas, com a saída prematura da capital, foi junto a possibilidade de progresso, a expectativa de desenvolvimento, só restando o sonho dos que ficaram. A partir daí, as festas foram rareando, o carnaval foi minguando até acabar, e o principal clube social da cidade – Iracema Club – foi definhando.

Vieram os anos 90 e com eles a esperança. Surgiu o Show de Domingo, o Miracaxi, o Baile da AABB, a Praia Mirassol, voltaram os Festejos Religiosos, entre outros. Destes, o Iracema Clube sucumbiu na ausência e descaso dos associados, levando consigo o Show de Domingo, enquanto o tradicional Baile da AABB se perdeu com o tempo.
Já o Carnaval incorporado ao Miracaxi e a Praia Mirassol, em novo formato, evoluiram e resgataram a saudável denominação de 'festeira cidade'. Hoje podemos assegurar que a Praia Mirassol e o Miracaxi, recolocaram Miracema do Tocantins, na vitrine de importâncias aos olhos de todo o Brasil.
 

Você escolhe ... o Tocantins em suas mãos

Você escolhe ... o Tocantins em suas mãos

Thursday, 21 de June de 2018, às 23h 01min
Hoje, a maioria dos brasileiros entende porque um candidato a cargo eletivo, geralmente, gasta em campanha para se eleger, mais do que vai ganhar de salário legal, durante os anos de mandato.

A bendita Operação Lava jato, que abominada por poucos e exaltada pela maioria, mostrou ao Brasil o que os brasileiros já sabiam. Na verdade, sabiam porque são cúmplices desse perverso sistema de corrupção, quando vende ou troca seu voto por um favor pessoal, um emprego, uma cesta básica, remédio e etc. e tal.

Cúmplice porque o Estado deixa de fazer a sua parte, isto é: cumprir os direitos constitucionais do cidadão.
Esta carência imposta aos cidadãos de menor poder econômico, os obriga a procurar a sobrevivência de qualquer forma, a troco até de sua dignidade, de seu amor próprio e até do próprio amor.

Por aqui, na nossa terra prometida, parece que estamos num labirinto, onde a saída é pro mesmo lugar.
As mesmas caras se apresentam e se representam, com vida eterna, sufocando as mesmas vítimas de todas as eleições já transcorridas em terras tocantínias.

As caras novas, algumas até decentes e bem intencionadas, morrem ao nascer porque a mídia, em sua maioria, não dá, tão somente vende espaço. Pior ainda, o eleitor não vê o caráter, o histórico e a competência do candidato; vê apenas o que ele tem e pode dar pra ele e pros seus.

Acho que já é tempo de, pelo menos, tentar mudar: pode não ser pelo que queríamos que fosse, mas vamos começar a escolher nossos caminhos, lembrando que teremos que estar, impreterivelmente, de mãos dadas.
 

Os peixes (votos) se multiplicarão

Os peixes (votos) se multiplicarão

Sunday, 11 de March de 2018, às 08h 28min

Nossos governantes, são os que conhecemos melhor, em sua maioria, começam suas gestões pecando até por conveniência, automaticamente por conivência, quando escolhem sua equipe de trabalho, compensando supostos votos que o beneficiado teria conquistado e até a conquistar no próximo pleito.

Poucos são os escolhidos tão somente pela capacidade técnica, incluindo familiares.

Entendemos que na corrida eleitoral, aliados de toda natureza podem ser bem vindos, mas integrados à gestão torna-se uma opção venosa.

Felizmente temos, mesmo por minoria, alguns que vêem a capacidade técnica, independente de ser cabo eleitoral, parceiro e até fornecedor.

Aliás, nos dias de hoje, temos que saudar àqueles que pagam em dia, servidores e, principalmente, fornecedores. Porém, não basta pagar apenas servidores em dia - como fazem governos estaduais e, mormente prefeituras municipais - se não pagar também, em dia, fornecedores.

Na política costuma-se dizer que, o servidor tem sua família pra cuidar, enquanto o fornecedor tem funcionários em sua empresa, cada qual com família para ser cuidada.

Se for pensar em eleitor, cada servidor tem seu voto e, provavelmente, os votos da mulher e filhos; agora cada fornecedor tem seu voto e por conseqüência de toda família, mais os votos de seus funcionários, acrescido com dos seus familiares.

Somado a isso, se o servidor e o fornecedor forem parceiros da administração, caso tenha idoneidade e credibilidade, ao expressarem tal satisfação, os ‘peixes’ se multiplicarão.


‘Borracha Política’ ou ‘Os males da política que o tempo conta a história’.

‘Borracha Política’ ou ‘Os males da política que o tempo conta a história’.

Thursday, 01 de February de 2018, às 07h 20min
 ‘Borracha Política’ ou ‘Os males da política que o tempo conta a história’.

Diferentemente da matemática, a política não é uma ciência exata onde dois mais dois são quatro, mas ambas estão uma para outra, assim como o tempo está para a história.

Agora, simbolicamente existe uma espécie de borracha política, que apaga, a bel prazer do tempo, o que um mandatário eletivo pôde escrever no limitado quadro de sua história política. Isto é: ao ser eleito ou nomeado, recebe uma espécie de quadro negro, onde com o giz das ações, escreve sua história daquele tempo de mandato.

Sabemos que Política se define como a arte ou ciência de governar.
A utilização do termo passou a ser popular no século V a.C., quando Aristóteles desenvolveu a sua obra intitulada precisamente “Política”. Observamos que ao constituir família, todo ser humano contrai para si um conjunto de normas que abrangem direitos e deveres neste tipo de estrutura social, que acabam definindo um comportamento padrão deste indivíduo na organização inserida, neste caso podemos denominar de política familiar.

O mesmo acontece nas políticas sociais e administrativas, aplicando-se a grupos classistas e partidários, que têm conjuntura administrativa, como nos governos, federal, estaduais e municipais. Nestes casos chamamos de administrador, que é dirigir recursos humanos, financeiros e materiais, reunidos em unidades organizadas, dinâmicas e capazes de alcançar os objetivos da organização, e ao mesmo tempo, proporcionar satisfação aqueles que obtêm o produto ou serviço e àqueles que executam o trabalho.

Governantes existem de todas as formas, desde aqueles que administram radicalmente sob a tutela das leis esquecendo-se da política, passando por aqueles que administram sob essa tutela, mas sem deixar de exercer a política, até aqueles que ignoram tudo em favor da política.

Sob esse aspecto entendemos que o governante necessita de um primeiro escalão formado por políticos, tendo também necessariamente um segundo escalão, formado por técnicos absolutos em cada área da administração.

Há governantes que jogam duro no primeiro biênio do mandato para aliviar no segundo, obviamente visando guardar a vaga para si ou para um seu.

Outros prevaricam sem deixar rastro, acumulando bens diretamente ou através de ‘laranjas’. Também existem aqueles que tudo gasta e nada faz, saindo menos do que chegou enquanto os afilhados aparecem soberbos. Outros ainda, embora honestos e competentes, pecam na incoerência, com privilégios para uns e omissões para outros.

São os males da política que o tempo conta a história.
 
Jorn. José Carlos de Almeda

Nossos mortos... nossa história

Nossos mortos... nossa história

Thursday, 02 de November de 2017, às 07h 40min
Neste dia dos Mortos, Finados para nós outros, como faço todos os anos aqui em Miracema, caminho por entre as catacumbas onde estão plantados saudosos homens e mulheres que em suas passagens pela vida ajudaram a escrever a história da primeira capital do Tocantins.

Alguns conheci nestes 27 anos que tenho de Miracema do Tocantins e outros conheci apenas a história e os exemplos.

Antes me vi no quintal da Catedral Santa Terezinha, onde prolonguei meu pesar no local onde descansam em paz, Dom João José, o bispo de Miracema que sucedeu o saudoso Dom Jaime Collins e antecedeu o atual bispo Dom Philip Diekmans. Ao seu lado também foi plantado o inesquecível padre Cícero (José de Sousa).

Já no principal Campo Santo da primeira capital, sob sol radiante que mostrava um céu azul, velas e flores em mãos de pessoas tristes eram depositadas em tumbas que guardam histórias de vida.

Vi o primeiro prefeito nomeado, Nereu Vasconcelos, em sua lápide, no sono eterno de quem fez sua parte.

Vi o primeiro prefeito eleito, Eurípedes Coelho, o homem que curava com remédios e com palavras, acompanhando a história que seguiu escrita por sucessores contínuos e mais tarde repetidos, adormecidos também naquela casa de repouso absoluta e definitiva.

Em frente o sepulcro de Américo Vasconcelos, lembrei-me do livro que me dedicou e assinou, ‘Retalhos de Um Passado’, que guardo como tesouro por me despertar o amor pela terra de Pedro Praxedes, que também reverenciamos neste Dia de Finados.

Passei pelo túmulo de Sebastião Borba, prefeito da então primeira capital, no descanso em paz com sua esposa Neusa Borba, que pareciam torcer por um bom combate dos Borba com vida, por uma Miracema melhor.

Reverenciei a lápide do Delfino Araújo, que dividiu sua vida entre a politica e o sax, para desenvolver e embalar a outrora Miracema do Norte. Entre muitas outras edificações que abrigam corpos de almas imortais, como Boanerges, o prefeito perfeito de três mandatos, os casais Chico e Úrsula Coelho, Oscar Sardinha Filho e Mirtes Giglio, ainda o eterno amigo dileto Dorival da Tia Ana e a filha Camilla, Augusto Pinheiro que glorificou a OAB, Raimundo Bela, o vereador quase prefeito, Pingo de Mel, o amigo irmão camarada, JC Pereira, o mestre com carinho, entre tantos outros que escolheram essa terra para amar, viver sobre e sob ela.

Por último vi, juntos para sempre, o casal Antonio Costa e Dona Mundoca (Raimunda), pais do atual prefeito de Miracema falecidos recentemente, deixando além de mais de uma dezena de filhos e netos, uma esperança eleita para escrever um novo capitula dessa história sem fim.

Ao sair do Cemitério Municipal São João Batista, ainda lacrimejando por trás de um disfarsante óculos escuros, tive a sensação de estar saindo de dentro de um livro.

Viajei com os conhecidos de vida e de história na carruagem da saudade e voltei á realidade com a sensação de que, eles, de onde estiverem, continuarão fazendo tudo pela cidade que amaram em vida e protegem de além da vida, através daqueles que vêm seguindo seus exemplos. Amém!

 
José Carlos de Almeida

Poeta de Buteco: ‘As bocas que mal disseram, agora bem dizem’

Poeta de Buteco: ‘As bocas que mal disseram, agora bem dizem’

Thursday, 22 de June de 2017, às 20h 30min
Quando o líder comunitário Aprijo da Farmácia, organizou um grupo político partidário a fim de promover uma mudança profunda na primeira capital do Tocantins, sugiram cerca de meia dúzia de pré-candidatos a prefeito, inclusive Moisés da Sercom, como é conhecido o renomado contabilista. Com o tempo, diante do crescimento de Moisés um ou outro foi desistindo da candidatura, por um ou outro motivo. Para ser o candidato do grupo, era necessário obter o apoio da maioria esmagadora, no conjunto de todas as legendas aliançadas.

Ainda sem experiência na administração pública, tampouco em cargo eletivo, Moisés foi se destacando na lisura, audácia, sensibilidade e compreensão. Somados a falta de vício e desgaste políticos e, principalmente, sem a abominável vingança praticada por alguns políticos ultrapassados.

Até o ano passado, Miracema do Tocantins, vivia sob o jugo de duas facções políticas: Raízes de Siqueira Campos versus Raízes de Avelino/Marcelo. Oportuno é lembrar que, pelo menos nas duas gestões passadas, aquele que servisse ou prestasse serviço a uma administração, era subjugada e condenada ao nada pela outra. Lição que Miracema aprendeu, e bem, com governantes estaduais.

Até a imprensa sofria com essa postura medieval. Lembro que o MIRA Jornal tinha contrato com a administração Júnior Evangelista, divulgando suas ações – inclusive colaborando com sua reeleição - mas quando o Governo do Estado, de quem a Prefeitura era oposição, veiculou material institucional no decano jornal miracemense, o então prefeito extinguiu o contrato.

A mesma retaliação aconteceu na Administração Magda Borba: por ter divulgado ações da administração de Evangelista, o MIRA foi impedido de manter contrato de serviço. Aliás, a Câmara seguiu o mesmo descalabro, quando também boicotou o veiculo de comunicação, no biênio presidido por Alberane Borba.

Quanto no biênio presidido por Leal Júnior, que mantinha um veículo que prestava serviço para a Prefeitura e, pasmem, para a própria Câmara, a despeito do Tribunal de Contas e do Ministério Público que se mantiveram inoperantes (e se mantêm, até hoje, quem sabe), nada para o MIRA e tudo para seu veículo e para a emissora de rádio que presta serviço.

Por tudo isso é que precisamos louvar as postura e compostura do prefeito Moisés Costa, que dá a Miracema a importância maior: Tudo pelo Município.

Entre inúmeras mudanças que o jovem prefeito vem implantando em Miracema do Tocantins, de ordem física, administrativa, moral e legal, a maior delas é o reconhecimento profissional, independente do credo, da raça, da classe, do time de futebol ou do partido político.

Entre tantos exemplos, um deles foi fazer contrato também, com um veiculo de comunicação de um dos seus maiores opositores em campo, palanques e mídia. Isso sim é ser leal aos bons costumes que vêm de berço, de propósitos e de sonhos.

Já dizia um poeta de boteco: “As bocas que mal disseram, agora bem dizem”. De braços abertos, mesmo sob contesto, Moisés vem recebendo tudo e todos desde que venham como novo, pronto pra começar de novo, sob a chancela da Mudança.

Moisés, o da Bíblia, fez o mar se abrir, para sua gente passar; o nosso Moisés, fez o município mudar, para seu povo se valorizar. 
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