Alvo de operação da PF, grupo com advogados e funcionários públicos teria sacado R$ 20 milhões em banco após fraude
28/11/2024 12h17
Organização criminosa atuava no Tocantins, Acre e Santa Catarina. Fraude incluía funcionários importantes da Caixa Econômica Federal, segundo a Polícia Federal.
Uma organização criminosa é alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (28) por suspeita de fraudes bancárias nos estados do Tocantins, Acre e Santa Catarina. O gurpo teria feito saques milionários de precatórios judiciais. O valor sacado em Gurupi, no sul do Tocantins, chega a R$ 20.861.350,56.
Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, além de sequestro de bens móveis e imóveis e bloqueio de valores em contas bancárias, contra investigados dos três estados. A investigação conta com a cooperação da Caixa Econômica Federal. A operação foi chamada de X-Ray.
O g1 pediu posicionamento para a Caixa Econômica Federal que informou estar apurando o caso.
Grupo formado por três núcleos
Segundo a PF, os crimes vinham sendo executados a partir de obtenção de informações sobre decisões judiciais favoráveis à liberação de precatórios. Após o saque de valores elevados, os suspeitos passavam a ocultar ou dissimular sua origem ilícita, mediante lavagem de capitais, beneficiando-se, direta ou indiretamente, do dinheiro obtido mediante crime.
Conforme a PF, o grupo criminoso era formado por três núcleos de atuação:
O primeiro era o núcleo externo, formado pelos advogados e outros suspeitos responsáveis pela fraude documental como procurações, selos púbicos, contratos, assinaturas e pelo saque do dinheiro;
O segundo era o núcleo interno, envolvendo funcionários importantes da Caixa os quais, em conjunto com os agentes externos, viabilizavam a liberação do dinheiro;
E o terceiro era o núcleo da lavagem, responsáveis por "limpar" o dinheiro sujo e encobrir sua origem criminosa.
Precatórios são dívidas da União com pessoas físicas, jurídicas, estados e municípios reconhecidas em decisões judiciais definitivas, ou seja, que não são mais passíveis de recursos e que devem ser pagas pelo governo.
No caso de Gurupi, as beneficiárias dos mais de R$ 20 milhões eram empresas de serviços médicos com sede no Rio de Janeiro. Do valor sacado, a Caixa conseguiu recuperar R$ 15.330.257,93. Assim, segundo PF, até o momento os prejuízos aos cofres públicos ultrapassam R$ 5 milhões de reais.
Conforme a PF, a Caixa informou que o grupo cometeu outra tentativa de saque de precatórios, nos valores de R$ 945 mil e R$ 300 mil em março de 2024, na cidade de Luís Eduardo Magalhães (BA), utilizando-se do mesmo modo de agir.
Operação contra o crime organizado cumpre mandados de busca e prende três pessoas no Tocantins
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas, podem ultrapassar 30 anos de reclusão e multa.
A Operação X-Ray, como foi nomeada, faz alusão à consoante X, símbolo da instituição financeira vítima de prejuízo milionário.
Brenda Santos, g1 Tocantins
Uma organização criminosa é alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (28) por suspeita de fraudes bancárias nos estados do Tocantins, Acre e Santa Catarina. O gurpo teria feito saques milionários de precatórios judiciais. O valor sacado em Gurupi, no sul do Tocantins, chega a R$ 20.861.350,56.
Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, além de sequestro de bens móveis e imóveis e bloqueio de valores em contas bancárias, contra investigados dos três estados. A investigação conta com a cooperação da Caixa Econômica Federal. A operação foi chamada de X-Ray.
O g1 pediu posicionamento para a Caixa Econômica Federal que informou estar apurando o caso.
Grupo formado por três núcleos
Segundo a PF, os crimes vinham sendo executados a partir de obtenção de informações sobre decisões judiciais favoráveis à liberação de precatórios. Após o saque de valores elevados, os suspeitos passavam a ocultar ou dissimular sua origem ilícita, mediante lavagem de capitais, beneficiando-se, direta ou indiretamente, do dinheiro obtido mediante crime.
Conforme a PF, o grupo criminoso era formado por três núcleos de atuação:
O primeiro era o núcleo externo, formado pelos advogados e outros suspeitos responsáveis pela fraude documental como procurações, selos púbicos, contratos, assinaturas e pelo saque do dinheiro;
O segundo era o núcleo interno, envolvendo funcionários importantes da Caixa os quais, em conjunto com os agentes externos, viabilizavam a liberação do dinheiro;
E o terceiro era o núcleo da lavagem, responsáveis por "limpar" o dinheiro sujo e encobrir sua origem criminosa.
Precatórios são dívidas da União com pessoas físicas, jurídicas, estados e municípios reconhecidas em decisões judiciais definitivas, ou seja, que não são mais passíveis de recursos e que devem ser pagas pelo governo.
No caso de Gurupi, as beneficiárias dos mais de R$ 20 milhões eram empresas de serviços médicos com sede no Rio de Janeiro. Do valor sacado, a Caixa conseguiu recuperar R$ 15.330.257,93. Assim, segundo PF, até o momento os prejuízos aos cofres públicos ultrapassam R$ 5 milhões de reais.
Conforme a PF, a Caixa informou que o grupo cometeu outra tentativa de saque de precatórios, nos valores de R$ 945 mil e R$ 300 mil em março de 2024, na cidade de Luís Eduardo Magalhães (BA), utilizando-se do mesmo modo de agir.
Operação contra o crime organizado cumpre mandados de busca e prende três pessoas no Tocantins
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas, podem ultrapassar 30 anos de reclusão e multa.
A Operação X-Ray, como foi nomeada, faz alusão à consoante X, símbolo da instituição financeira vítima de prejuízo milionário.
Brenda Santos, g1 Tocantins
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