‘Borracha Política’ ou ‘Os males da política que o tempo conta a história’.
Diferentemente da matemática, a política não é uma ciência exata onde dois mais dois são quatro, mas ambas estão uma para outra, assim como o tempo está para a história.
Agora, simbolicamente existe uma espécie de borracha política, que apaga, a bel prazer do tempo, o que um mandatário eletivo pôde escrever, com feitos e ações, sua história política. Isto é: ao ser eleito ou nomeado, recebe uma espécie de quadro negro, onde com o giz das ações, deixa escrito nos anais do tempo, sua passagem de saudosa memoria, ou não..
Sabemos que Política define-se como a arte ou ciência de governar, mas que neste novo tempo, é traduzida por arte de negociar.
A utilização do termo passou a ser popular no século V a.C., quando Aristóteles desenvolveu a sua obra intitulada precisamente “Política”.
Observamos que ao constituir família, todo ser humano contrai para si um conjunto de normas que abrangem direitos e deveres neste tipo de estrutura social, que acabam definindo um comportamento padrão deste indivíduo na organização inserida, neste caso podemos denominar de política familiar.
O mesmo acontece nas políticas sociais e administrativas, aplicando-se a grupos classistas e partidários, que têm conjuntura administrativa, como nos governos, federal, estadual e municipal. Nestes casos chamamos de administrador, que é dirigir recursos humanos, financeiros e materiais, reunidos em unidades organizadas, dinâmicas e capazes de alcançar os objetivos da organização, e ao mesmo tempo, proporcionar satisfação àqueles que obtêm o produto ou serviço e àqueles que executam o trabalho.
Governantes existem de todas as formas, desde aqueles que administram radicalmente sob a tutela das leis esquecendo-se da política, passando por aqueles que administram sob essa tutela, mas sem deixar de exercer a política, até aqueles que ignoram tudo em favor da política.
Sob esse aspecto entendemos que o governante necessita de um primeiro escalão formado por políticos, tendo também necessariamente um segundo escalão, formado por técnicos absolutos em cada área da administração.
Há governantes que jogam duro no primeiro biênio do mandato para aliviar no segundo, obviamente visando guardar a vaga para si ou para um seu.
Outros prevaricam sem deixar rastro, acumulando bens diretamente ou através de ‘laranjas’. Também existem aqueles que 'tudo gasta e nada faz', saindo menos do que chegou enquanto os afilhados transparecem soberbos. Outros ainda, embora honestos e competentes, pecam na incoerência, com privilégios para uns e omissões para outros.
São os males da política que o tempo conta a história.
Por
José Carlos de Almeida