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Fonte: http://miratocantins.com.br/noticia.php?l=cac5b6fd70b8cf14af01eb314ceb6776

Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais do Estado participa do 1º Campeonato Nacional de Futebol Indígena

17/12/2024 07:23:13

No sábado e domingo ocorreu a etapa regional com equipes do Pará e do Tocantins, com a vitória do time paraense Hákti

Reafirmando seu compromisso com as populações originárias, a Sepot esteve presente nesse sábado, 14, e domingo, 15, no 1º Campeonato Nacional de Futebol Indígena, em Tocantinópolis/TO. Os jogos, que ainda estão na etapa regional, foram disputados por etnias dos estados do Pará e do Tocantins.

O evento aconteceu na aldeia São José e a Sepot foi representada pelo servidor da Diretoria de Proteção aos Indígenas, Igor Pankará.

“O Governo do estado do Tocantins, através da Sepot, tem o compromisso de promover as atividades culturais e esportivas dos povos originários do estado, a realização da primeira copa de futebol nacional indígena em parceria com o CONAFER é muito importante para que haja interações entre diferentes povos, pois nestes eventos acontecem uma troca de conhecimentos e saberes tradicionais através do esporte”, ressaltou.

No primeiro dia, o time tocantinense Berohoky perdeu por 1x5 para o Hákti, do Pará, no segundo jogo a equipe paraense Akrãtikatêjê também perdeu nos pênaltis para o dono da casa, o Apinajé, por 0x1. No domingo, a disputa foi entre as duas equipes vencedoras do dia anterior e em uma disputa acirradíssima, que mais uma vez foi levada aos pênaltis, o Apinajé perdeu por 4x5 para o Hákti.

Agora o time classificado disputará as finais nos dias 21 e 22 de dezembro, em Manaus/AM e caso saiam vitoriosos, irão representar a região norte na fase nacional, em Brasília/DF. O jogador Kre japrankwyi, do Hákti, contou qual sua maior inspiração para jogar e a expectativa de jogar na capital amazonense.

“Eu jogo desde criança, sempre foi uma paixão. Desde pequeno com família, então, minha inspiração é essa. Principalmente, meus tios que já foram jogadores. Esperamos fazer um grande jogo lá e trazer a vitória para nosso povo. Estamos representando eles. Esperamos ir para Brasília e fazer uma grande final e ser campeão”, explicou.

O projeto é uma iniciativa da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empresários Rurais (CONAFER) com apoio da União Nacional Indígena (UNI) e do banco digital do campo, Terra Bank. A competição segue as regras oficiais do futebol determinadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e Federação Internacional de Futebol (FIFA), na modalidade masculina.

O coordenador nacional do CONAFER, Vinicius Trajano, comentou sobre o objetivo principal dos jogos indígenas, sendo a primeira edição. “A nossa maior finalidade é trazer reconhecimento dos povos indígenas, especificamente que sejam reconhecidos no futebol brasileiro e a criação desse projeto é inédito porque, nunca teve um campeonato nacional indígena para ter reconhecimento”, enfatizou.
Marcela Conrado/Sepot/Governo do Tocantins