Calma gente ! Vamos esperar os 100 dias.
Não é lei, tampouco norma, mas é sabido e notório que são necessários expirar os 100 primeiros dias de uma nova administração municipal, para que possamos ter ideia do que será capaz a pessoa escolhida por maioria de votos para comandar o destino do município nos próximos quatro anos desde 1º de janeiro último.
Sabemos que é óbvio e ululante, a nova gestão defenestrar a sucedida, mesmo que esta tenha deixando uma prefeitura enxuta, transparente e com saldo em caixa. Faz parte do sistema político brasileiro, mesmo quando o sucessor é do mesmo grupo que o sucedido. Neste caso, preferem o silencio, como aqueles que esgoelam uma herança maldita, mas não mostram provas.
Quem roda o Tocantins sabe que a maioria esmagadora das prefeituras completaram seu último quadriênio ornamentadas de valas, buracos, entulhos e caos social. A começar pela capital Palmas, o visual dos demais municípios no inicio do ano, agravado pelo período chuvoso, era de causar raiva da administração que saia e esperança na que chegava.
Talvez por esta razão, um sentimento de angustia tenha invadido os munícipes, provocando ira e pré-julgamento dos gestores.
Assim como no futebol, quando jogadores que estão fora taxam de sacripantas os que estão em jogo por não conseguir defender e atacar, devido às condições do campo ou a força do adversário, na política também acontece isso, e quando estão no poder, podem repetir os mesmos erros, até maquiados ou de cara limpa.
Agora, 100 dias: nem mais nem menos, são suficientes para você vislumbrar como vai ficar sua cidade e seu campo. As zona rural e urbana são termômetros para qualificar uma gestão. Uma desenvolve para dentro, outra para fora. Isto é: a cidade tem que estar limpa, cuidada, em evolução e sua gente urbana com trabalho e renda; a zona rural, incluindo os assentamentos, tem que estar com reservas de água, mudas e sementes, máquinas e transporte agrícola e suas vias vicinais incluindo bocas de lobo e mata-burros, em condições de manejo e escoamento.
Por isso, calma gente! Esperem completar os 100 dias. Aí voltamos a falar... daqui e de acolá.