Tocantins, 19 de February de 2025 - Mira Jornal - 00:00

Estado

Presidente do TJTO instala em Palmas último banco vermelho de sua gestão e deixa legado de combate ao feminicídio

03/02/2025 06h25

Fotos: Elias Oliveira
Presidente do TJTO ao centro, ao lado da desembargadora Maysa, posam para foto sentadas no grande banco vermelho, juntamente com magistrados, diretores e representantes de instituições pareceiras; Na foto aparecem 20 pessoas, sendo 11 em pé e nove sentadas. O banco está posicionado em frente ao prédio do TJTO

Dezesseis bancos instalados e um legado de enfrentamento e prevenção da violência contra a mulher e de luta pelo fim do feminicídio. Ao instalar o último grande banco vermelho de sua gestão em frente ao Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), em Palmas, nesta quinta-feira (30/1), a presidente do Corte tocantinense, desembargadora Etelvina Maria Sampaio Felipe, recebeu uma placa do Instituto Banco Vermelho em reconhecimento por sua “atuação exemplar” e conferindo ao TJTO o “Título de Tribunal de Justiça Modelo na Luta pelo Feminicídio Zero no Brasil.”

O Tocantins é o estado com mais bancos vermelhos, graças à atuação do TJTO durante a gestão 2023/2025, conforme destacaram as representantes do Instituto Banco Vermelho, Andreia Albuquerque e Paula Limongi, presentes no evento.

Desembargadora Etelvina, ao centro, segura uma placa de homenagem; ao seu lado, as duas representantes do Instituto Banco Vermelho, a desembargadora Maysa e a juíza Cirlene

Além da Capital, também já receberam o equipamento os municípios de Colinas do Tocantins, Tocantinópolis, Paraíso do Tocantins, Taguatinga, Miranorte, Pedro Afonso, Porto Nacional, Miracema, Augustinópolis, Araguatins, Formoso do Araguaia, Gurupi, Guaraí e Dianópolis.

Outras 20 cidades, sede de comarca, deverão ganhar o grande banco vermelho na gestão da desembargadora Maysa Vendramini Rosal, próxima presidente do TJTO. “Esse é um projeto estratégico que a desembargadora Maysa assumiu o compromisso de dar continuidade e levar às 36 comarcas, então serão mais 20 bancos, e quiçá, no futuro, levar a cada um dos municípios”, disse a desembargadora Etelvina.

Em tom de despedida, a presidente destacou que essa temática sempre lhe preocupou e que é preciso dar voz às mulheres. “O bonito desse banco é essa simbologia que nós temos que começar a trabalhar com as nossas crianças”, comentou ela ao falar sobre parcerias para o desenvolvimento dos projetos. “Todos juntos, lutando para essa nossa meta, que é o fim do feminicídio”, ressaltou.

Desembargadora Etelvina, em pé, à frente, fala ao microfone para convidados, que estão sentados em cadeiras no hall de entrada do TJ; ao fundo um telão projetando a imagem do banco vermelho

“Lá no banco está escrito: ‘sentar e refletir, levantar e agir’. É isso que nós queremos, que ao sentar no banco, qualquer pessoa veja o que ele significa”, completou.

Ao falar sobre o Programa de Proteção, Acolhimento Humanizado e Solidário às Mulheres do Poder Judiciário do Tocantins (PAHS), iniciativa implantada em sua gestão que visa prevenir e combater a violência doméstica e familiar praticada contra magistradas e servidoras, a presidente lembrou que a violência atinge qualquer classe social.

Um dos exemplos citado pela magistrada como uma das vozes femininas que decidiram romper o silêncio para empoderar outras mulheres é o da diretora-geral do TJTO, Ana Carina Souto, personagem de episódio da 4ª Temporada da Websérie Justiça Seja Feita, produzida pelo Centro de Comunicação do TJTO e apresentado durante o evento, emocionando a todos.

Gestão vitoriosa no enfrentamento à violência

A coordenadora estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), juíza Cirlene Maria de Assis, se referiu aos dois anos de gestão da desembargadora Etelvina como “vitoriosos” no enfrentamento à violência doméstica e agradeceu a confiança e o apoio.

Ao falar sobre o banco instalado nesta quinta, a coordenadora disse que o equipamento tem um diferencial. Diferentemente dos demais equipamentos, que foram doados aos municípios pelo Tribunal de Justiça, ela disse que esse banco é do Tribunal de Justiça.

“Nós queremos levar o banco onde estiver sendo feito algum evento voltado para o combate à violência contra a mulher”, disse, lembrando que o TJTO foi protagonista porque instalou o primeiro banco em agosto, em Colinas do Tocantins, um mês após a Lei Federal em 14.942, entrar em vigor. “Não é só um banco. A começar pelo tamanho. É um banco gigante, porque representa o tamanho da nossa causa. Ele é vermelho, porque simboliza o sangue derramado pelas mulheres que foram vítimas de feminicídio”, frisou.

Luto em luta

Andréa Albuquerque, presidente do Instituto Banco Vermelho, e Paula Limongi, na ocasião, deram seus depoimentos, destacando como o trabalho da entidade começou: “Pela necessidade de transformar um luto em luta”, após perderem amigas para o feminicídio.

As secretárias estadual e municipal da Mulher, Berenice Barbosa e Solange Duialibe, respectivamente, reforçaram a causa como sendo de todos e se colocaram à disposição para parcerias.

Autoridades, 11 mulheres e um homem, representantes de instituições que atuam na causa, posam para foto segurando uma miniatura do banco vermelho

Autoridades presentes receberam da presidente do TJTO uma miniatura do banco vermelho, como símbolo da luta pelo fim do feminicídio.

Implementação do projeto no Tocantins

O projeto Banco vermelho é promovido por ação conjunta do TJTO, por meio da Cevid, em parceria com as prefeituras municipais. No Tocantins, o projeto impactou cerca de 67,6 mil alunos e 22, 8 mil servidores nas cidades que receberam o equipamento. A primeira fase da ação consistiu na instalação dos bancos; a segunda em ações educativas e preventivas, a exemplo de oficinas, palestras e distribuição de materiais educativos.

Presentes

Prestigiaram também o evento a corregedora-geral da Justiça, desembargadora Maysa Vendramini Rosal; os desembargadores Pedro Nelson de Miranda Coutinho e João Rodrigues; o vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Léo Barbosa; o presidente da Câmara Municipal Marilon Barbosa; o presidente da Associação dos Magistrados do Estado, Allan Martins; a defensora pública Pollyana Lopes; o chefe de gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça, promotor de Justiça Juan Rodrigo Carneiro Aguirre; a vice-presidente da OAB-TO, Larissa Rosenda; a primeira-dama de Palmas e secretária da Assistência Social, Polyanna Siqueira Campos; magistrados; diretores do TJTO e demais autoridades.  
Neuracy Viana

   

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