Fake news do Pix: economista do CEUB explica reviravolta na atualização da Receita Federal
21/01/2025 09h54
Especialista aponta o poder da desinformação nas redes sociais e explica detalhes da revogação do governo
Após onda de desinformação que ganhou força nas redes sociais, o governo revogou, nesta quarta-feira (15), o ato que ampliava a fiscalização de transações via PIX.
A ação atualizava as regras para o monitoramento de transações financeiras acima de R$ 5 mil mensais para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas, visando coibir fraudes e sonegação fiscal.
Com a reviravolta, Marcelo Valle, economista e professor de Relações Internacionais do Centro Universitário de Brasília (CEUB), comenta a articulação do governo.
O economista rebate a ideia de que o governo pretendia taxar o Pix ou monitorar o grupo de menor renda por meio da fiscalização de movimentações acima de R$ 5 mil por mês pela Receita. “Isso não era verdade, pois a maior parte da população sequer realiza transações nesse valor com frequência. A medida visava combater a evasão fiscal, sonegação e lavagem de dinheiro”, explica o especialista.
Para Valle, o cenário pós revogação evidencia a dificuldade do governo em combater uma máquina de desinformação bem estruturada. "O que vimos foi uma mobilização para gerar medo na população. Enquanto isso, o governo demorou a reagir com clareza, permitindo que a narrativa de taxação do PIX ganhasse força.
Entenda do caso
A atualização da Receita Federal equiparava o Pix a outras modalidades já monitoradas, como cartões de crédito e depósitos bancários, que possuem limites menores de fiscalização, de R$ 2 mil para pessoas físicas e R$ 6 mil para empresas. No entanto, a não aceitação da sociedade alimentou teorias de que o governo estaria intervindo excessivamente na vida financeira do cidadão, levando à sua revogação.
[email protected]
Após onda de desinformação que ganhou força nas redes sociais, o governo revogou, nesta quarta-feira (15), o ato que ampliava a fiscalização de transações via PIX.
A ação atualizava as regras para o monitoramento de transações financeiras acima de R$ 5 mil mensais para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas, visando coibir fraudes e sonegação fiscal.
Com a reviravolta, Marcelo Valle, economista e professor de Relações Internacionais do Centro Universitário de Brasília (CEUB), comenta a articulação do governo.
O economista rebate a ideia de que o governo pretendia taxar o Pix ou monitorar o grupo de menor renda por meio da fiscalização de movimentações acima de R$ 5 mil por mês pela Receita. “Isso não era verdade, pois a maior parte da população sequer realiza transações nesse valor com frequência. A medida visava combater a evasão fiscal, sonegação e lavagem de dinheiro”, explica o especialista.
Para Valle, o cenário pós revogação evidencia a dificuldade do governo em combater uma máquina de desinformação bem estruturada. "O que vimos foi uma mobilização para gerar medo na população. Enquanto isso, o governo demorou a reagir com clareza, permitindo que a narrativa de taxação do PIX ganhasse força.
Entenda do caso
A atualização da Receita Federal equiparava o Pix a outras modalidades já monitoradas, como cartões de crédito e depósitos bancários, que possuem limites menores de fiscalização, de R$ 2 mil para pessoas físicas e R$ 6 mil para empresas. No entanto, a não aceitação da sociedade alimentou teorias de que o governo estaria intervindo excessivamente na vida financeira do cidadão, levando à sua revogação.
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