Nada contra Palmas; tudo a favor. Mas também, porque tudo contra Miracema; tudo em desfavor?
20/05/2022 12h19
Nesta sexta-feira, dia 20, Palmas comemora seu 33º aniversário. A capital do Tocantins chega à idade de Cristo, referencia cristã ao tempo de vida física de Jesus, até sua crucificação.
Nesta data em 1989 aconteceu o lançamento da ‘Pedra Fundamental’ para a construção de uma cidade para ser a capital definitiva do Estado do Tocantins.
Miracema do Tocantins era a capital provisória do mais novo estado brasileiro criado pela promulgação da Constituição Brasileira em 5 de outubro de 1988, quando dia 7 de dezembro, a ‘pacata cidade’ foi escolhida para ser o berço nascedouro do Tocantins, até que fosse criado e construído o município de Palmas para onde seria transferida a Capital, de acordo com o projeto do primeiro governador José Wilson Siqueira Campos.
Com mandato de apenas dois anos (1988/1990), o ex-deputado federal projetou, ao assumir o governo do estado, no primeiro ano criar e instalar o estado numa capital provisória, e no segundo, construir e transferir a Capital para sua sede definitiva.
Acredita-se que, se assim não fosse como à época não havia reeleição, seu sucessor poderia, quem sabe, abdicar de construir uma nova cidade e transferir a Capital para municípios declaradamente interessados como Gurupi e Araguaina ou, quem sabe, construir e expandir Miracema, transformando-a em Capital definitiva.
Nos anais da história recente consta que, em 1º de janeiro de 1989, em Miracema foi instalada a primeira capital do Tocantins, a partir de onde nasceram os três poderes estaduais (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Aquele ‘Ano 01’ (1989) do Tocantins, sendo o berço onde nasceu o organograma do estado com seus órgãos e autarquias, assim como extensões regionais e seccionais de instituições federais, foi escrita e promulgada a Carta Magna (Constituição) do Estado.
Palmas passou a existir, mesmo de forma improvisada sob barracões, construídos sobre áreas desapropriadas, a partir de 1º de janeiro de 1990, causando a controvérsia sobre a idade de Palmas: a Pedra Fundamental para inicio da construção foi em 20 de maio de 1989, mas de fato a transferência ocorreu em 1º de janeiro de 1990.
É histórico e verdadeiro que Palmas teve apenas sete meses e dez dias (de 20 de maio a 31 de dezembro de 1989) para ser criada com a manobra dos então Executivo e Legislativo, com aquiescência do Judiciário, para inverter direitos e deveres da então Taquarussu do Porto com a área em construção e adjacências que hoje é Palmas.
Quando se festeja o aniversário de Palmas, nasce um sorriso em muitos rostos, pelo testemunho de uma cidade construída, pela maravilha que se tornou a capital do Tocantins e pela emoção de estar nela ou próxima cultivando perspectiva de futuro.
Mas, em poucos, depois do sorriso correm lágrimas de tristeza, não somente pelo descaso imposto àquela que foi capital do Tocantins, mas também pela injustiça do não reconhecimento do período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1989, quando foi capital e serviu de ventre para o Estado nascer.
Por José Carlos de Almeida
Nesta data em 1989 aconteceu o lançamento da ‘Pedra Fundamental’ para a construção de uma cidade para ser a capital definitiva do Estado do Tocantins.
Miracema do Tocantins era a capital provisória do mais novo estado brasileiro criado pela promulgação da Constituição Brasileira em 5 de outubro de 1988, quando dia 7 de dezembro, a ‘pacata cidade’ foi escolhida para ser o berço nascedouro do Tocantins, até que fosse criado e construído o município de Palmas para onde seria transferida a Capital, de acordo com o projeto do primeiro governador José Wilson Siqueira Campos.
Com mandato de apenas dois anos (1988/1990), o ex-deputado federal projetou, ao assumir o governo do estado, no primeiro ano criar e instalar o estado numa capital provisória, e no segundo, construir e transferir a Capital para sua sede definitiva.
Acredita-se que, se assim não fosse como à época não havia reeleição, seu sucessor poderia, quem sabe, abdicar de construir uma nova cidade e transferir a Capital para municípios declaradamente interessados como Gurupi e Araguaina ou, quem sabe, construir e expandir Miracema, transformando-a em Capital definitiva.
Nos anais da história recente consta que, em 1º de janeiro de 1989, em Miracema foi instalada a primeira capital do Tocantins, a partir de onde nasceram os três poderes estaduais (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Aquele ‘Ano 01’ (1989) do Tocantins, sendo o berço onde nasceu o organograma do estado com seus órgãos e autarquias, assim como extensões regionais e seccionais de instituições federais, foi escrita e promulgada a Carta Magna (Constituição) do Estado.
Palmas passou a existir, mesmo de forma improvisada sob barracões, construídos sobre áreas desapropriadas, a partir de 1º de janeiro de 1990, causando a controvérsia sobre a idade de Palmas: a Pedra Fundamental para inicio da construção foi em 20 de maio de 1989, mas de fato a transferência ocorreu em 1º de janeiro de 1990.
É histórico e verdadeiro que Palmas teve apenas sete meses e dez dias (de 20 de maio a 31 de dezembro de 1989) para ser criada com a manobra dos então Executivo e Legislativo, com aquiescência do Judiciário, para inverter direitos e deveres da então Taquarussu do Porto com a área em construção e adjacências que hoje é Palmas.
Quando se festeja o aniversário de Palmas, nasce um sorriso em muitos rostos, pelo testemunho de uma cidade construída, pela maravilha que se tornou a capital do Tocantins e pela emoção de estar nela ou próxima cultivando perspectiva de futuro.
Mas, em poucos, depois do sorriso correm lágrimas de tristeza, não somente pelo descaso imposto àquela que foi capital do Tocantins, mas também pela injustiça do não reconhecimento do período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1989, quando foi capital e serviu de ventre para o Estado nascer.
Por José Carlos de Almeida
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