Tocantins, 21 de November de 2024 - Mira Jornal - 00:00
‘Borracha Política’ ou ‘Os males da política que o tempo conta a história’.
‘Borracha Política’ ou ‘Os males da política que o tempo conta a história’.
Diferentemente da matemática, a política não é uma ciência exata onde dois mais dois são quatro, mas ambas estão uma para outra, assim como o tempo está para a história.
Agora, simbolicamente existe uma espécie de borracha política, que apaga, a bel prazer do tempo, o que um mandatário eletivo pôde escrever, com feitos e ações, sua história política. Isto é: ao ser eleito ou nomeado, recebe uma espécie de quadro negro, onde com o giz das ações, deixa escrito nos anais do tempo, sua passagem de saudosa memoria, ou não..
Sabemos que Política define-se como a arte ou ciência de governar, mas que neste novo tempo, é traduzida por arte de negociar.
A utilização do termo passou a ser popular no século V a.C., quando Aristóteles desenvolveu a sua obra intitulada precisamente “Política”. Observamos que ao constituir família, todo ser humano contrai para si um conjunto de normas que abrangem direitos e deveres neste tipo de estrutura social, que acabam definindo um comportamento padrão deste indivíduo na organização inserida, neste caso podemos denominar de política familiar.
O mesmo acontece nas políticas sociais e administrativas, aplicando-se a grupos classistas e partidários, que têm conjuntura administrativa, como nos governos, federal, estadual e municipal. Nestes casos chamamos de administrador, que é dirigir recursos humanos, financeiros e materiais, reunidos em unidades organizadas, dinâmicas e capazes de alcançar os objetivos da organização, e ao mesmo tempo, proporcionar satisfação àqueles que obtêm o produto ou serviço e àqueles que executam o trabalho.
Governantes existem de todas as formas, desde aqueles que administram radicalmente sob a tutela das leis esquecendo-se da política, passando por aqueles que administram sob essa tutela, mas sem deixar de exercer a política, até aqueles que ignoram tudo em favor da política.
Sob esse aspecto entendemos que o governante necessita de um primeiro escalão formado por políticos, tendo também necessariamente um segundo escalão, formado por técnicos absolutos em cada área da administração.
Há governantes que jogam duro no primeiro biênio do mandato para aliviar no segundo, obviamente visando guardar a vaga para si ou para um seu.
Outros prevaricam sem deixar rastro, acumulando bens diretamente ou através de ‘laranjas’. Também existem aqueles que tudo gasta e nada faz, saindo menos do que chegou enquanto os afilhados transparecem soberbos. Outros ainda, embora honestos e competentes, pecam na incoerência, com privilégios para uns e omissões para outros.
São os males da política que o tempo conta a história.
Por José Carlos de Almeida
Agora, simbolicamente existe uma espécie de borracha política, que apaga, a bel prazer do tempo, o que um mandatário eletivo pôde escrever, com feitos e ações, sua história política. Isto é: ao ser eleito ou nomeado, recebe uma espécie de quadro negro, onde com o giz das ações, deixa escrito nos anais do tempo, sua passagem de saudosa memoria, ou não..
Sabemos que Política define-se como a arte ou ciência de governar, mas que neste novo tempo, é traduzida por arte de negociar.
A utilização do termo passou a ser popular no século V a.C., quando Aristóteles desenvolveu a sua obra intitulada precisamente “Política”. Observamos que ao constituir família, todo ser humano contrai para si um conjunto de normas que abrangem direitos e deveres neste tipo de estrutura social, que acabam definindo um comportamento padrão deste indivíduo na organização inserida, neste caso podemos denominar de política familiar.
O mesmo acontece nas políticas sociais e administrativas, aplicando-se a grupos classistas e partidários, que têm conjuntura administrativa, como nos governos, federal, estadual e municipal. Nestes casos chamamos de administrador, que é dirigir recursos humanos, financeiros e materiais, reunidos em unidades organizadas, dinâmicas e capazes de alcançar os objetivos da organização, e ao mesmo tempo, proporcionar satisfação àqueles que obtêm o produto ou serviço e àqueles que executam o trabalho.
Governantes existem de todas as formas, desde aqueles que administram radicalmente sob a tutela das leis esquecendo-se da política, passando por aqueles que administram sob essa tutela, mas sem deixar de exercer a política, até aqueles que ignoram tudo em favor da política.
Sob esse aspecto entendemos que o governante necessita de um primeiro escalão formado por políticos, tendo também necessariamente um segundo escalão, formado por técnicos absolutos em cada área da administração.
Há governantes que jogam duro no primeiro biênio do mandato para aliviar no segundo, obviamente visando guardar a vaga para si ou para um seu.
Outros prevaricam sem deixar rastro, acumulando bens diretamente ou através de ‘laranjas’. Também existem aqueles que tudo gasta e nada faz, saindo menos do que chegou enquanto os afilhados transparecem soberbos. Outros ainda, embora honestos e competentes, pecam na incoerência, com privilégios para uns e omissões para outros.
São os males da política que o tempo conta a história.
Por José Carlos de Almeida
MIRACEMA/Preparada para ser festeira, outra vez.
MIRACEMA/Preparada para ser festeira, outra vez.
MIRACEMA/Preparada para ser festeira, outra vez.
Desde os primórdios anos 20 até o final da década de 40, tudo era motivo de festa naquele entreposto comercial – hoje Ponto de Apoio - durante a euforia da compra e venda e troca-troca de mercadorias advindas das subidas e descidas das embarcações pelo rio Tocantins, revelam pioneiros da terra de Pedro Praxedes.
Um deles recorda do chamado ‘gurufim’, uma forma de velório onde o adeus ao falecido era com rodadas de café, cachaça e 'contação' de causos e piadas.
Mesmo depois de ser emancipada de Santa Maria do Araguaia (hoje Araguacema) em 1948, as festas aconteciam raramente, com mais louvor até porque Miracema era então um novo município de Goiás, porém, mais tarde, a filha do Norte foi presenteada com o abandono, embrulhado no papel do esquecimento, sob laços de promessas não atados.
Apesar disso, o espírito festeiro da gente da terra prometida sobrevivia, fomentado pelas campanhas eleitorais, quando traziam da capital (Goiânia) um pouco de tudo, com direito inclusive a comes e bebes e shows artísticos.
Logo chegou a década de 80, trazendo como cartão de visita a enchente que inundou a pacata cidade, fazendo nascer a cidade alta. Disse um pioneiro a este escriba: “Lavou os males da cidade e trouxe a cidade nova, com mais festas ainda”.
Previsão consumada: duas cidades em uma; com os carnavais de rua e seus blocos de embalo, bailes homéricos no Iracema Clube, delírios no Apolo 11 e Boates Apollo 11 e Caverna e contagiante amor aos esportes (handebol, futebol de campo e salão, principalmente).
A festa divisora de águas aconteceu em 1988, quando a terra prometida passou a ser do Tocantins. Logo foi escolhida para ser o berço do novo estado, a capital provisória do Estado do Tocantins, um motivo a mais para festejar sempre.
Mas, com a saída prematura da capital, foi junto à possibilidade de progresso, a expectativa de desenvolvimento, calando sua gente e apagando sua cultura, só restando o sonho dos que ficaram.
Vieram os anos 90 e com eles a esperança, quando aconteciam os bailes de Debutantes, viradas do Réveillon, programa Show de Domingo, Baile da AABB, a Praia Mirassol (que deixou de ser praia do Búfalo), voltaram os Festejos Religiosos, foi criado o Miracaxi (1997), as Quadrilhas Juninas, entre outros.
No entanto, nada foi capaz de frear as transferências dos órgãos estaduais e federais para a capital definitiva (Palmas), tampouco segurar empresários, investidores e até políticos que debandaram para a nova capital.
O Iracema Clube sucumbiu na ausência e descaso dos associados, levando consigo o Show de Domingo, enquanto o tradicional Baile da AABB se perdeu com o tempo.
Já o Carnaval incorporado ao Miracaxi e a Praia Mirassol, em novo formato, evoluíram e resgataram a saudável denominação de 'festeira cidade'. Hoje podemos assegurar que a Praia Mirassol e o Miracaxi, assim como a instalação da Praia do Funil, a descoberta da Praia do Paredão recolocaram Miracema do Tocantins, na vitrine de importâncias aos olhos de todo o Brasil.
Msmo não oficialmente a pandemia do novo coronavirus declina seus últimos dias, deixando de ser um freio nas realizações de eventos que aglomeram pessoas, incentivando a eterna primeira capital do Tocantins a voltar a ser aquela outrora cidade festeira.
Por Jornalista José carlos de Almeida
Desde os primórdios anos 20 até o final da década de 40, tudo era motivo de festa naquele entreposto comercial – hoje Ponto de Apoio - durante a euforia da compra e venda e troca-troca de mercadorias advindas das subidas e descidas das embarcações pelo rio Tocantins, revelam pioneiros da terra de Pedro Praxedes.
Um deles recorda do chamado ‘gurufim’, uma forma de velório onde o adeus ao falecido era com rodadas de café, cachaça e 'contação' de causos e piadas.
Mesmo depois de ser emancipada de Santa Maria do Araguaia (hoje Araguacema) em 1948, as festas aconteciam raramente, com mais louvor até porque Miracema era então um novo município de Goiás, porém, mais tarde, a filha do Norte foi presenteada com o abandono, embrulhado no papel do esquecimento, sob laços de promessas não atados.
Apesar disso, o espírito festeiro da gente da terra prometida sobrevivia, fomentado pelas campanhas eleitorais, quando traziam da capital (Goiânia) um pouco de tudo, com direito inclusive a comes e bebes e shows artísticos.
Logo chegou a década de 80, trazendo como cartão de visita a enchente que inundou a pacata cidade, fazendo nascer a cidade alta. Disse um pioneiro a este escriba: “Lavou os males da cidade e trouxe a cidade nova, com mais festas ainda”.
Previsão consumada: duas cidades em uma; com os carnavais de rua e seus blocos de embalo, bailes homéricos no Iracema Clube, delírios no Apolo 11 e Boates Apollo 11 e Caverna e contagiante amor aos esportes (handebol, futebol de campo e salão, principalmente).
A festa divisora de águas aconteceu em 1988, quando a terra prometida passou a ser do Tocantins. Logo foi escolhida para ser o berço do novo estado, a capital provisória do Estado do Tocantins, um motivo a mais para festejar sempre.
Mas, com a saída prematura da capital, foi junto à possibilidade de progresso, a expectativa de desenvolvimento, calando sua gente e apagando sua cultura, só restando o sonho dos que ficaram.
Vieram os anos 90 e com eles a esperança, quando aconteciam os bailes de Debutantes, viradas do Réveillon, programa Show de Domingo, Baile da AABB, a Praia Mirassol (que deixou de ser praia do Búfalo), voltaram os Festejos Religiosos, foi criado o Miracaxi (1997), as Quadrilhas Juninas, entre outros.
No entanto, nada foi capaz de frear as transferências dos órgãos estaduais e federais para a capital definitiva (Palmas), tampouco segurar empresários, investidores e até políticos que debandaram para a nova capital.
O Iracema Clube sucumbiu na ausência e descaso dos associados, levando consigo o Show de Domingo, enquanto o tradicional Baile da AABB se perdeu com o tempo.
Já o Carnaval incorporado ao Miracaxi e a Praia Mirassol, em novo formato, evoluíram e resgataram a saudável denominação de 'festeira cidade'. Hoje podemos assegurar que a Praia Mirassol e o Miracaxi, assim como a instalação da Praia do Funil, a descoberta da Praia do Paredão recolocaram Miracema do Tocantins, na vitrine de importâncias aos olhos de todo o Brasil.
Msmo não oficialmente a pandemia do novo coronavirus declina seus últimos dias, deixando de ser um freio nas realizações de eventos que aglomeram pessoas, incentivando a eterna primeira capital do Tocantins a voltar a ser aquela outrora cidade festeira.
Por Jornalista José carlos de Almeida
Quando o desejo coletivo é sufocado.
Quando o desejo coletivo é sufocado.
De acordo com o comentarista Wemerson Oliveira dos Santos, a resposta a tanta passividade pode estar em um estudo de Fábio Iglesias, doutor em Psicologia e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB).
Segundo ele, o “brasileiro” age de acordo com aquilo que os outros pensam, e não por aquilo que ele acha correto fazer.
Essas pessoas pensam assim: se o outro não faz, por que eu vou fazer? Conforme esse estudo, a crença de que “não vai dar em nada” é o discurso comum entre os “não-reclamantes”. É uma mistura de vergonha, medo e falta de credibilidade nas autoridades.
O brasileiro é protagonista do fenômeno “ignorância pluralística”, termo cunhado pela primeira vez em 1924 pelo americano Floyd Alport, pioneiro da psicologia social moderna. Exemplo comum de ignorância pluralística: “Quando, na sala de aula, o professor pergunta se todos entenderam, é raro alguém levantar a mão dizendo que está com dúvidas”, afirma.
Ninguém quer se destacar, ocorrendo o que se chama “difusão da responsabilidade”, o que leva à inércia. Mesmo quem sofre uma série de prejuízos não abre a boca.
O antropólogo Roberto da Matta diz que não se pode dissociar esse comportamento omisso dos brasileiros da prática do “jeitinho”.
Para ele, o fato de o povo não lutar por seus direitos, em maior ou menor grau, também pode ser explicado pelas pequenas infrações que a maioria comete no dia-a-dia. “Molhar a mão” do guarda para fugir da multa, estacionar nas vagas para deficientes ou driblar o engarrafamento ao usar o acostamento das estradas são práticas comuns e fazem o “brasileiro” achar que não tem moral para reclamar do político corrupto.
Bem, se você é uma pessoa que reclama, protesta, faz valer o seu direito, você é exceção no Brasil. Todos os estudos feitos sobre o comportamento do “brasileiro” apontam numa mesma direção: somos passivos.
Por José Carlos de Almeida
Segundo ele, o “brasileiro” age de acordo com aquilo que os outros pensam, e não por aquilo que ele acha correto fazer.
Essas pessoas pensam assim: se o outro não faz, por que eu vou fazer? Conforme esse estudo, a crença de que “não vai dar em nada” é o discurso comum entre os “não-reclamantes”. É uma mistura de vergonha, medo e falta de credibilidade nas autoridades.
O brasileiro é protagonista do fenômeno “ignorância pluralística”, termo cunhado pela primeira vez em 1924 pelo americano Floyd Alport, pioneiro da psicologia social moderna. Exemplo comum de ignorância pluralística: “Quando, na sala de aula, o professor pergunta se todos entenderam, é raro alguém levantar a mão dizendo que está com dúvidas”, afirma.
Ninguém quer se destacar, ocorrendo o que se chama “difusão da responsabilidade”, o que leva à inércia. Mesmo quem sofre uma série de prejuízos não abre a boca.
O antropólogo Roberto da Matta diz que não se pode dissociar esse comportamento omisso dos brasileiros da prática do “jeitinho”.
Para ele, o fato de o povo não lutar por seus direitos, em maior ou menor grau, também pode ser explicado pelas pequenas infrações que a maioria comete no dia-a-dia. “Molhar a mão” do guarda para fugir da multa, estacionar nas vagas para deficientes ou driblar o engarrafamento ao usar o acostamento das estradas são práticas comuns e fazem o “brasileiro” achar que não tem moral para reclamar do político corrupto.
Bem, se você é uma pessoa que reclama, protesta, faz valer o seu direito, você é exceção no Brasil. Todos os estudos feitos sobre o comportamento do “brasileiro” apontam numa mesma direção: somos passivos.
Por José Carlos de Almeida
FATO SEM FAKE/Vantagens e desvantagens da maneira de informar
FATO SEM FAKE/Vantagens e desvantagens da maneira de informar
Vantagens e desvantagens da maneira de informar
A imprensa é conhecida mundialmente como o quarto poder. Este velho escriba pensa diferente: talvez o quinto, porque o primeiro emana do povo; seguido do executivo, legislativo e judiciário, respectivamente.
Agora, com a imprensa é de ‘sine qua non’ importância a parceria, talvez por isso o rótulo de quarto poder.
Desde os tempos da tipografia e do clichê, quando entrei no mundo das letras, entendo que a imprensa atua, preponderantemente, como interlocutora, e quiçá mediadora no relacionamento dos poderes com a população, informando e até produzindo noticias, que podem ser ‘in natura’, ‘amena e branda’, ‘curta, seca e grossa’, ‘sensacionalista’ e até ‘construtiva’ ou ‘destrutiva’, entre outras formas.
Mormente em tempo de globalização, o poder que descarta a imprensa, expõe-se, sem reservas, até às avessas. Isto porque um fato coadjuvante pode ser transformado em protagonista da história e vice e versa.
A imprensa quando trabalha em parceria, não significa que trabalha com olhos vedados para o exercício da má conduta, apenas interage entre as partes informando o fato, sua motivação e solução.
Também este escriba costuma dizer que não existe imprensa independente e sim imparcial.
A independente apenas sub existe porque não conta com receitas públicas e fica à mercê da iniciativa privada, que em maioria tem governos como cliente, de onde podem originar a orientação de descaso.
Por esta razão os veículos de comunicação submetem-se a recebimentos com atrasos e quando o cinto aperta, por demais, espetam e batem, em prol da quitação. Um vicio comum em todo o país, desde os governos municipais, estaduais e federal.
Agora a imparcialidade existe quando sobrevive-se às ameaças físicas e morais e aos boicotes comerciais. Neste caso a parceria dita o formato, o volume e a intensidade do fato informado.
Por fim, sem hipocrisia e demagogia, asseguro que toda forma de parceria é saudável porque ao mesmo tempo em que destaca, exalta e enaltece, também abranda, ameniza e até descaracteriza.
... é o que acho e penso. Jornalista José Carlos de Almeida
A imprensa é conhecida mundialmente como o quarto poder. Este velho escriba pensa diferente: talvez o quinto, porque o primeiro emana do povo; seguido do executivo, legislativo e judiciário, respectivamente.
Agora, com a imprensa é de ‘sine qua non’ importância a parceria, talvez por isso o rótulo de quarto poder.
Desde os tempos da tipografia e do clichê, quando entrei no mundo das letras, entendo que a imprensa atua, preponderantemente, como interlocutora, e quiçá mediadora no relacionamento dos poderes com a população, informando e até produzindo noticias, que podem ser ‘in natura’, ‘amena e branda’, ‘curta, seca e grossa’, ‘sensacionalista’ e até ‘construtiva’ ou ‘destrutiva’, entre outras formas.
Mormente em tempo de globalização, o poder que descarta a imprensa, expõe-se, sem reservas, até às avessas. Isto porque um fato coadjuvante pode ser transformado em protagonista da história e vice e versa.
A imprensa quando trabalha em parceria, não significa que trabalha com olhos vedados para o exercício da má conduta, apenas interage entre as partes informando o fato, sua motivação e solução.
Também este escriba costuma dizer que não existe imprensa independente e sim imparcial.
A independente apenas sub existe porque não conta com receitas públicas e fica à mercê da iniciativa privada, que em maioria tem governos como cliente, de onde podem originar a orientação de descaso.
Por esta razão os veículos de comunicação submetem-se a recebimentos com atrasos e quando o cinto aperta, por demais, espetam e batem, em prol da quitação. Um vicio comum em todo o país, desde os governos municipais, estaduais e federal.
Agora a imparcialidade existe quando sobrevive-se às ameaças físicas e morais e aos boicotes comerciais. Neste caso a parceria dita o formato, o volume e a intensidade do fato informado.
Por fim, sem hipocrisia e demagogia, asseguro que toda forma de parceria é saudável porque ao mesmo tempo em que destaca, exalta e enaltece, também abranda, ameniza e até descaracteriza.
... é o que acho e penso. Jornalista José Carlos de Almeida
Nada contra Palmas; tudo a favor. Mas também, porque tudo contra Miracema; tudo em desfavor?
Nada contra Palmas; tudo a favor. Mas também, porque tudo contra Miracema; tudo em desfavor?
Nesta sexta-feira, dia 20, Palmas comemora seu 33º aniversário. A capital do Tocantins chega à idade de Cristo, referencia cristã ao tempo de vida física de Jesus, até sua crucificação.
Nesta data em 1989 aconteceu o lançamento da ‘Pedra Fundamental’ para a construção de uma cidade para ser a capital definitiva do Estado do Tocantins.
Miracema do Tocantins era a capital provisória do mais novo estado brasileiro criado pela promulgação da Constituição Brasileira em 5 de outubro de 1988, quando dia 7 de dezembro, a ‘pacata cidade’ foi escolhida para ser o berço nascedouro do Tocantins, até que fosse criado e construído o município de Palmas para onde seria transferida a Capital, de acordo com o projeto do primeiro governador José Wilson Siqueira Campos.
Com mandato de apenas dois anos (1988/1990), o ex-deputado federal projetou, ao assumir o governo do estado, no primeiro ano criar e instalar o estado numa capital provisória, e no segundo, construir e transferir a Capital para sua sede definitiva.
Acredita-se que, se assim não fosse como à época não havia reeleição, seu sucessor poderia, quem sabe, abdicar de construir uma nova cidade e transferir a Capital para municípios declaradamente interessados como Gurupi e Araguaina ou, quem sabe, construir e expandir Miracema, transformando-a em Capital definitiva.
Nos anais da história recente consta que, em 1º de janeiro de 1989, em Miracema foi instalada a primeira capital do Tocantins, a partir de onde nasceram os três poderes estaduais (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Aquele ‘Ano 01’ (1989) do Tocantins, sendo o berço onde nasceu o organograma do estado com seus órgãos e autarquias, assim como extensões regionais e seccionais de instituições federais, foi escrita e promulgada a Carta Magna (Constituição) do Estado.
Palmas passou a existir, mesmo de forma improvisada sob barracões, construídos sobre áreas desapropriadas, a partir de 1º de janeiro de 1990, causando a controvérsia sobre a idade de Palmas: a Pedra Fundamental para inicio da construção foi em 20 de maio de 1989, mas de fato a transferência ocorreu em 1º de janeiro de 1990.
É histórico e verdadeiro que Palmas teve apenas sete meses e dez dias (de 20 de maio a 31 de dezembro de 1989) para ser criada com a manobra dos então Executivo e Legislativo, com aquiescência do Judiciário, para inverter direitos e deveres da então Taquarussu do Porto com a área em construção e adjacências que hoje é Palmas.
Quando se festeja o aniversário de Palmas, nasce um sorriso em muitos rostos, pelo testemunho de uma cidade construída, pela maravilha que se tornou a capital do Tocantins e pela emoção de estar nela ou próxima cultivando perspectiva de futuro.
Mas, em poucos, depois do sorriso correm lágrimas de tristeza, não somente pelo descaso imposto àquela que foi capital do Tocantins, mas também pela injustiça do não reconhecimento do período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1989, quando foi capital e serviu de ventre para o Estado nascer.
Por José Carlos de Almeida
Nesta data em 1989 aconteceu o lançamento da ‘Pedra Fundamental’ para a construção de uma cidade para ser a capital definitiva do Estado do Tocantins.
Miracema do Tocantins era a capital provisória do mais novo estado brasileiro criado pela promulgação da Constituição Brasileira em 5 de outubro de 1988, quando dia 7 de dezembro, a ‘pacata cidade’ foi escolhida para ser o berço nascedouro do Tocantins, até que fosse criado e construído o município de Palmas para onde seria transferida a Capital, de acordo com o projeto do primeiro governador José Wilson Siqueira Campos.
Com mandato de apenas dois anos (1988/1990), o ex-deputado federal projetou, ao assumir o governo do estado, no primeiro ano criar e instalar o estado numa capital provisória, e no segundo, construir e transferir a Capital para sua sede definitiva.
Acredita-se que, se assim não fosse como à época não havia reeleição, seu sucessor poderia, quem sabe, abdicar de construir uma nova cidade e transferir a Capital para municípios declaradamente interessados como Gurupi e Araguaina ou, quem sabe, construir e expandir Miracema, transformando-a em Capital definitiva.
Nos anais da história recente consta que, em 1º de janeiro de 1989, em Miracema foi instalada a primeira capital do Tocantins, a partir de onde nasceram os três poderes estaduais (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Aquele ‘Ano 01’ (1989) do Tocantins, sendo o berço onde nasceu o organograma do estado com seus órgãos e autarquias, assim como extensões regionais e seccionais de instituições federais, foi escrita e promulgada a Carta Magna (Constituição) do Estado.
Palmas passou a existir, mesmo de forma improvisada sob barracões, construídos sobre áreas desapropriadas, a partir de 1º de janeiro de 1990, causando a controvérsia sobre a idade de Palmas: a Pedra Fundamental para inicio da construção foi em 20 de maio de 1989, mas de fato a transferência ocorreu em 1º de janeiro de 1990.
É histórico e verdadeiro que Palmas teve apenas sete meses e dez dias (de 20 de maio a 31 de dezembro de 1989) para ser criada com a manobra dos então Executivo e Legislativo, com aquiescência do Judiciário, para inverter direitos e deveres da então Taquarussu do Porto com a área em construção e adjacências que hoje é Palmas.
Quando se festeja o aniversário de Palmas, nasce um sorriso em muitos rostos, pelo testemunho de uma cidade construída, pela maravilha que se tornou a capital do Tocantins e pela emoção de estar nela ou próxima cultivando perspectiva de futuro.
Mas, em poucos, depois do sorriso correm lágrimas de tristeza, não somente pelo descaso imposto àquela que foi capital do Tocantins, mas também pela injustiça do não reconhecimento do período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1989, quando foi capital e serviu de ventre para o Estado nascer.
Por José Carlos de Almeida
O imbróglio com políticos municipais da primeira capital
O imbróglio com políticos municipais da primeira capital
O imbróglio com políticos municipais da primeira capital
Em pronunciamentos no Plenário da Câmara Municipal da primeira capital do Tocantins, na segunda-feira (27), três vereadores da base da gestão municipal refluíram do silêncio da semana anterior e teceram comentários sobre o imbróglio ocorrido no gabinete da prefeita Camila Fernandes, que teria acusado seu vice e alguns vereadores de uma suposta trama para desestabilizar a gestão, inclusive com reuniões com adversários políticos.
Na oportunidade o líder do Solidariedade na Casa, vereador Cabo Agenor teceu comentários sobre supostas publicações na imprensa informando a existência de um racha entre prefeita, vice-prefeito e alguns vereadores. Fato que negou veementemente justificando que discussões existem para sanar dúvidas e que a imprensa teria informado inverdades. “Nós não conversamos sobre racha e nunca ocorreu um complô”, assegurou o policial militar da reserva, sugerindo que a prefeita se retrate.
Seu parceiro de legenda, Sírio (Cabeleireiro) Ferreira, conclamou: “Coloco a minha mão no fogo que Aprijo (vice-prefeito) não fez nada”, alertando que a gestão vai perder se perder dois vereadores do Solidariedade e o vice-prefeito. “A verdade vai chegar e espero que não chegue tarde”, preconizou.
Solidário aos colegas, mesmo sendo de outra legenda, o vereador Adão Pedreiro/MDB, fez referencia ao que chamou de “equívoco da imprensa”, contemporizando que desentendimentos existem na política e indagou: “onde foi que nunca aconteceu isso?”. Por fim sugeriu ao chefe de gabinete da prefeita Flavio Suarte, que estava presente, para articular uma reunião que venha solucionar o imbróglio.
As incursões em desfavor à imprensa não alcançam o tri-decano MIRA Jornal porque, até então, nada sequer foi publicado sobre o referido imbróglio, que detém o princípio de preservar as instituições apurando com tempo necessário de desdobramentos.
Conforme apurou o mirajornal.com, na manhã da sexta-feira (17), no gabinete da prefeita de Miracema do Tocantins, aconteceu uma reunião com as presenças dos sete vereadores da base – Núbio Gomes/MSD (Presidente da Câmara) – Assis Moura/PSD (Vice-presidente) – Edilson Tavares (1º Secretário) – Cabo Agenor/SD (2º Secretário) – Sírio Cabeleireiro/SD - Adão Pedreiro/MDB – Branquinho do Araras/PP – e a prefeita Camila Fernandes/MDB e seu vice-prefeito Aprijo Ribeiro/SD.
Ainda participaram da reunião, que tinha objetivo de discutir a implantação da taxa de iluminação pública e atualização de valores e taxas de imóveis urbanos, o secretário de Finanças Rômulo e o secretário de Desenvolvimento Econômico e Chefe de Gabinete, advogado Flavio Suarte.
Durante as discussões alguns vereadores defenderam o fato de que projetos de tamanha envergadura politica precisam de tempo para discussões, quando aconteceu um debate áspero até com adjetivos inadequados entre vereadores.
Em determinado momento, a reunião foi dada por encerrada, justificada pela necessidade de acalmar os ânimos.
Ouvido pelo MIRA o vice-prefeito Aprijo Ribeiro conta que foi questionado pela prefeita o fato de ter permanecido calado durante a reunião. Ao que teria respondido que nada lhe foi perguntado, tampouco solicitado opinião.
Após o recomeço da reunião, Aprijo Ribeiro conta que expressou sua opinião sobre a necessidade de tempo hábil para discussão de projetos polêmicos daquela naturaeza, mas assegurou que acataria o que fosse decidido.
Em seguida a prefeita teria acusado vereadores de falar mal dela, e o vice-prefeito de estar tramando contra ela em reuniões às escondidas, inclusive com vereadores e oposicionistas.
Sentido e inconformado com a acusação que classificou como injusta, inadequada e mentirosa o vice-prefeito inquiriu a gestora que comprovasse o dito e que, caso conseguisse, renunciaria seu mandato de vice-prefeito.
Conforme apurado, a prefeita Camila Fernandes teria tentado telefonar para um suposto informante, fato contemporizado por seu chefe de gabinete.
A ligação não aconteceu, a reunião foi dispersa e o vice-prefeito persistiu na comprovação, razão pela qual no domingo seguinte (19) registrou um boletim de ocorrência contra a autoria das inverdades caracterizadas de profanadas.
De acordo com Aprijo, é necessário que Camila identifique o autor para que a justiça possa intervir no quadro que considera crime de calúnia, difamação e injúria.
A calúnia consiste em acusar alguém publicamente de um crime e ofende a honra enquanto cidadão; já a difamação ataca a honra objetiva que é a reputação; enquanto a injúria ofende a honra subjetiva, que trata das qualidades do sujeito.
Por jornalista José Carlos de Almeida
Em pronunciamentos no Plenário da Câmara Municipal da primeira capital do Tocantins, na segunda-feira (27), três vereadores da base da gestão municipal refluíram do silêncio da semana anterior e teceram comentários sobre o imbróglio ocorrido no gabinete da prefeita Camila Fernandes, que teria acusado seu vice e alguns vereadores de uma suposta trama para desestabilizar a gestão, inclusive com reuniões com adversários políticos.
Na oportunidade o líder do Solidariedade na Casa, vereador Cabo Agenor teceu comentários sobre supostas publicações na imprensa informando a existência de um racha entre prefeita, vice-prefeito e alguns vereadores. Fato que negou veementemente justificando que discussões existem para sanar dúvidas e que a imprensa teria informado inverdades. “Nós não conversamos sobre racha e nunca ocorreu um complô”, assegurou o policial militar da reserva, sugerindo que a prefeita se retrate.
Seu parceiro de legenda, Sírio (Cabeleireiro) Ferreira, conclamou: “Coloco a minha mão no fogo que Aprijo (vice-prefeito) não fez nada”, alertando que a gestão vai perder se perder dois vereadores do Solidariedade e o vice-prefeito. “A verdade vai chegar e espero que não chegue tarde”, preconizou.
Solidário aos colegas, mesmo sendo de outra legenda, o vereador Adão Pedreiro/MDB, fez referencia ao que chamou de “equívoco da imprensa”, contemporizando que desentendimentos existem na política e indagou: “onde foi que nunca aconteceu isso?”. Por fim sugeriu ao chefe de gabinete da prefeita Flavio Suarte, que estava presente, para articular uma reunião que venha solucionar o imbróglio.
As incursões em desfavor à imprensa não alcançam o tri-decano MIRA Jornal porque, até então, nada sequer foi publicado sobre o referido imbróglio, que detém o princípio de preservar as instituições apurando com tempo necessário de desdobramentos.
Conforme apurou o mirajornal.com, na manhã da sexta-feira (17), no gabinete da prefeita de Miracema do Tocantins, aconteceu uma reunião com as presenças dos sete vereadores da base – Núbio Gomes/MSD (Presidente da Câmara) – Assis Moura/PSD (Vice-presidente) – Edilson Tavares (1º Secretário) – Cabo Agenor/SD (2º Secretário) – Sírio Cabeleireiro/SD - Adão Pedreiro/MDB – Branquinho do Araras/PP – e a prefeita Camila Fernandes/MDB e seu vice-prefeito Aprijo Ribeiro/SD.
Ainda participaram da reunião, que tinha objetivo de discutir a implantação da taxa de iluminação pública e atualização de valores e taxas de imóveis urbanos, o secretário de Finanças Rômulo e o secretário de Desenvolvimento Econômico e Chefe de Gabinete, advogado Flavio Suarte.
Durante as discussões alguns vereadores defenderam o fato de que projetos de tamanha envergadura politica precisam de tempo para discussões, quando aconteceu um debate áspero até com adjetivos inadequados entre vereadores.
Em determinado momento, a reunião foi dada por encerrada, justificada pela necessidade de acalmar os ânimos.
Ouvido pelo MIRA o vice-prefeito Aprijo Ribeiro conta que foi questionado pela prefeita o fato de ter permanecido calado durante a reunião. Ao que teria respondido que nada lhe foi perguntado, tampouco solicitado opinião.
Após o recomeço da reunião, Aprijo Ribeiro conta que expressou sua opinião sobre a necessidade de tempo hábil para discussão de projetos polêmicos daquela naturaeza, mas assegurou que acataria o que fosse decidido.
Em seguida a prefeita teria acusado vereadores de falar mal dela, e o vice-prefeito de estar tramando contra ela em reuniões às escondidas, inclusive com vereadores e oposicionistas.
Sentido e inconformado com a acusação que classificou como injusta, inadequada e mentirosa o vice-prefeito inquiriu a gestora que comprovasse o dito e que, caso conseguisse, renunciaria seu mandato de vice-prefeito.
Conforme apurado, a prefeita Camila Fernandes teria tentado telefonar para um suposto informante, fato contemporizado por seu chefe de gabinete.
A ligação não aconteceu, a reunião foi dispersa e o vice-prefeito persistiu na comprovação, razão pela qual no domingo seguinte (19) registrou um boletim de ocorrência contra a autoria das inverdades caracterizadas de profanadas.
De acordo com Aprijo, é necessário que Camila identifique o autor para que a justiça possa intervir no quadro que considera crime de calúnia, difamação e injúria.
A calúnia consiste em acusar alguém publicamente de um crime e ofende a honra enquanto cidadão; já a difamação ataca a honra objetiva que é a reputação; enquanto a injúria ofende a honra subjetiva, que trata das qualidades do sujeito.
Por jornalista José Carlos de Almeida
MIRACEMA/Preparada para ser festeira, outra vez.
MIRACEMA/Preparada para ser festeira, outra vez.
MIRACEMA/Preparada para ser festeira, outra vez.
Desde os primórdios anos 20 até o final da década de 40, tudo era motivo de festa naquele entreposto comercial – hoje Ponto de Apoio - durante a euforia da compra e venda e troca-troca de mercadorias advindas das subidas e descidas das embarcações pelo rio Tocantins, revelam pioneiros da terra de Pedro Praxedes.
Um deles recorda do chamado ‘gurufim’, uma forma de velório onde o adeus ao falecido era com rodadas de café, cachaça e 'contação' de causos e piadas.
Mesmo depois de ser emancipada de Santa Maria do Araguaia (hoje Araguacema) em 1948, as festas aconteciam raramente, com mais louvor até porque Miracema era então um novo município de Goiás, porém, mais tarde, a filha do Norte foi presenteada com o abandono, embrulhado no papel do esquecimento, sob laços de promessas não atados.
Apesar disso, o espírito festeiro da gente da terra prometida sobrevivia, fomentado pelas campanhas eleitorais, quando traziam da capital (Goiânia) um pouco de tudo, com direito inclusive a comes e bebes e shows artísticos.
Logo chegou a década de 80, trazendo como cartão de visita a enchente que inundou a pacata cidade, fazendo nascer a cidade alta. Disse um pioneiro a este escriba: “Lavou os males da cidade e trouxe a cidade nova, com mais festas ainda”.
Previsão consumada: duas cidades em uma; com os carnavais de rua e seus blocos de embalo, bailes homéricos no Iracema Clube, delírios no Apolo 11 e Boate Caverna e contagiante amor aos esportes (handebol, futebol de campo e salão, principalmente).
A festa divisora de águas aconteceu em 1988, quando a terra prometida passou a ser do Tocantins. Logo foi escolhida para ser o berço do novo estado, a capital provisória do Estado do Tocantins, um motivo a mais para festejar sempre.
Mas, com a saída prematura da capital, foi junto à possibilidade de progresso, a expectativa de desenvolvimento, calando sua gente e apagando sua cultura, só restando o sonho dos que ficaram.
Vieram os anos 90 e com eles a esperança, quando aconteciam os bailes de Debutantes, viradas do Réveillon, programa Show de Domingo, Baile da AABB, a Praia Mirassol (que deixou de ser praia do Búfalo), voltaram os Festejos Religiosos, foi criado o Miracaxi (1997), as Quadrilhas Juninas, entre outros.
No entanto, nada foi capaz de frear as transferências dos órgãos estaduais e federais para a capital definitiva (Palmas), tampouco segurar empresários, investidores e até políticos que debandaram para a nova capital.
O Iracema Clube sucumbiu na ausência e descaso dos associados, levando consigo o Show de Domingo, enquanto o tradicional Baile da AABB se perdeu com o tempo.
Já o Carnaval incorporado ao Miracaxi e a Praia Mirassol, em novo formato, evoluíram e resgataram a saudável denominação de 'festeira cidade'. Hoje podemos assegurar que a Praia Mirassol e o Miracaxi, assim como a instalação da Praia do Funil, a descoberta da Praia do Paredão recolocaram Miracema do Tocantins, na vitrine de importâncias aos olhos de todo o Brasil.
Resta saber se a pandemia do novo coronavirus foi o último freio que vem impedindo a eterna primeira capital do Tocantins de voltar a ser aquela outrora cidade festeira.
Jornalista José Carlos de Almeida
Desde os primórdios anos 20 até o final da década de 40, tudo era motivo de festa naquele entreposto comercial – hoje Ponto de Apoio - durante a euforia da compra e venda e troca-troca de mercadorias advindas das subidas e descidas das embarcações pelo rio Tocantins, revelam pioneiros da terra de Pedro Praxedes.
Um deles recorda do chamado ‘gurufim’, uma forma de velório onde o adeus ao falecido era com rodadas de café, cachaça e 'contação' de causos e piadas.
Mesmo depois de ser emancipada de Santa Maria do Araguaia (hoje Araguacema) em 1948, as festas aconteciam raramente, com mais louvor até porque Miracema era então um novo município de Goiás, porém, mais tarde, a filha do Norte foi presenteada com o abandono, embrulhado no papel do esquecimento, sob laços de promessas não atados.
Apesar disso, o espírito festeiro da gente da terra prometida sobrevivia, fomentado pelas campanhas eleitorais, quando traziam da capital (Goiânia) um pouco de tudo, com direito inclusive a comes e bebes e shows artísticos.
Logo chegou a década de 80, trazendo como cartão de visita a enchente que inundou a pacata cidade, fazendo nascer a cidade alta. Disse um pioneiro a este escriba: “Lavou os males da cidade e trouxe a cidade nova, com mais festas ainda”.
Previsão consumada: duas cidades em uma; com os carnavais de rua e seus blocos de embalo, bailes homéricos no Iracema Clube, delírios no Apolo 11 e Boate Caverna e contagiante amor aos esportes (handebol, futebol de campo e salão, principalmente).
A festa divisora de águas aconteceu em 1988, quando a terra prometida passou a ser do Tocantins. Logo foi escolhida para ser o berço do novo estado, a capital provisória do Estado do Tocantins, um motivo a mais para festejar sempre.
Mas, com a saída prematura da capital, foi junto à possibilidade de progresso, a expectativa de desenvolvimento, calando sua gente e apagando sua cultura, só restando o sonho dos que ficaram.
Vieram os anos 90 e com eles a esperança, quando aconteciam os bailes de Debutantes, viradas do Réveillon, programa Show de Domingo, Baile da AABB, a Praia Mirassol (que deixou de ser praia do Búfalo), voltaram os Festejos Religiosos, foi criado o Miracaxi (1997), as Quadrilhas Juninas, entre outros.
No entanto, nada foi capaz de frear as transferências dos órgãos estaduais e federais para a capital definitiva (Palmas), tampouco segurar empresários, investidores e até políticos que debandaram para a nova capital.
O Iracema Clube sucumbiu na ausência e descaso dos associados, levando consigo o Show de Domingo, enquanto o tradicional Baile da AABB se perdeu com o tempo.
Já o Carnaval incorporado ao Miracaxi e a Praia Mirassol, em novo formato, evoluíram e resgataram a saudável denominação de 'festeira cidade'. Hoje podemos assegurar que a Praia Mirassol e o Miracaxi, assim como a instalação da Praia do Funil, a descoberta da Praia do Paredão recolocaram Miracema do Tocantins, na vitrine de importâncias aos olhos de todo o Brasil.
Resta saber se a pandemia do novo coronavirus foi o último freio que vem impedindo a eterna primeira capital do Tocantins de voltar a ser aquela outrora cidade festeira.
Jornalista José Carlos de Almeida
73º ANIVERSÁRIO/Cidade mais que maravilhosa; uma Terra Prometida
73º ANIVERSÁRIO/Cidade mais que maravilhosa; uma Terra Prometida
73º ANIVERSÁRIO/Cidade mais que maravilhosa; uma 'Terra Prometida'
Em 25 de agosto de 1948, a Lei Nº 120, sancionada pelo então governador de Goiás, Jerônimo Coimbra Bueno, criava o município de Miracema do Norte, cuja instalação ocorreu dia 1º de janeiro de 1949, sendo nomeado o prefeito Nereu Gonzalez Vasconcelos, sucedido pelo primeiro prefeito eleito, Eurípedes Pereira Coelho, em 29 de maio de 1949.
Quarenta anos depois de sua emancipação, Miracema do Tocantins, foi escolhida, dia 7 de dezembro de 1988, para ser capital provisória do novo estado – Estado do Tocantins - criado pela promulgação da Constituição de 5 de outubro daquele ano.
Uma decisão salomônica do primeiro governador do Estado, José Wilson Siqueira Campos, para evitar uma disputa entre Porto Nacional, Gurupi e Araguaína, que queriam ser capital provisória (quem sabe depois reivindicar ser definitiva) optou por Miracema, terra de seu amigo Raimundo Nonato Pires dos Santos (Raimundo Boi) e próxima à região onde escolheu para edificar uma cidade (Palmas).
Em 1º de janeiro de 1989, já denominada Miracema do Tocantins, passou a ser a primeira capital do Estado, quando nela foram instalados os Três Poderes (Executivo – Legislativo - Judiciário) e estabelecidas as primeiras decisões e soluções do mais novo estado brasileiro, a 26ª estrela da Bandeira do Brasil.
O berço nascedouro do Tocantins, a partir daí, sorriu, sofreu e chorou. A felicidade estampada em sorrisos quando recebia inúmeras pessoas – investidores, aventureiros, empreendedores e trabalhadores em geral – vindas de todas as partes do país, em apenas um ano foi transformado em sofrimento, que levou os miracemenses ao desespero, que lhe impôs um choro que parecia eterno.
Um suposto desentendimento entre o primeiro governador do Tocantins, José Wilson Siqueira Campos e o então prefeito de Miracema, Sebastião Borba dos Santos, que teria como motivo o domínio das cotas do Fundo de Participação do Estado e do Município, provavelmente tenha antecipado a transferência da Capital para Palmas, começada a ser construída dia 20 de maio daquele ano.
A transferência aconteceu seis meses e alguns dias depois de iniciada a obra, ainda em barracões, sem infraestrutura e de forma improvisada.
A partir dai Miracema do Tocantins passou a conviver com um caos social. Esperanças perdidas, descasos injustos e desdém ao passado recente, consumiram a auto estima da gente miracemense, a confiança nos politicos e o medo de uma cidade falifa, que provocou êsodo social.
Uma lei que transforma Miracema em capital por um dia - 7 de dezembro - até os dias de hoje vem tentando adoçar o gosto amargo de uma vida imposta por aqueles que arrancaram abruptamente a capital por causa do capital. Fato que não conseguem, até porque, quando apparecem, vêm de forma inclopeta e improvisada.
A cada quatriênio, Miracema elege um 'suposto salvador da pátria', agradando um grupo e dentrimento de outro numa cidade então desunida pelo desemprego e pela miséria periférica, até que um, próximo ma inanimidade, acabou sendo assassinado ... e pior: um crime que vem compensado a que executou e, quem sabe, peincipalmente a quem mandou.
Tenho Dito.
José Carlos de Almeida
Em 25 de agosto de 1948, a Lei Nº 120, sancionada pelo então governador de Goiás, Jerônimo Coimbra Bueno, criava o município de Miracema do Norte, cuja instalação ocorreu dia 1º de janeiro de 1949, sendo nomeado o prefeito Nereu Gonzalez Vasconcelos, sucedido pelo primeiro prefeito eleito, Eurípedes Pereira Coelho, em 29 de maio de 1949.
Quarenta anos depois de sua emancipação, Miracema do Tocantins, foi escolhida, dia 7 de dezembro de 1988, para ser capital provisória do novo estado – Estado do Tocantins - criado pela promulgação da Constituição de 5 de outubro daquele ano.
Uma decisão salomônica do primeiro governador do Estado, José Wilson Siqueira Campos, para evitar uma disputa entre Porto Nacional, Gurupi e Araguaína, que queriam ser capital provisória (quem sabe depois reivindicar ser definitiva) optou por Miracema, terra de seu amigo Raimundo Nonato Pires dos Santos (Raimundo Boi) e próxima à região onde escolheu para edificar uma cidade (Palmas).
Em 1º de janeiro de 1989, já denominada Miracema do Tocantins, passou a ser a primeira capital do Estado, quando nela foram instalados os Três Poderes (Executivo – Legislativo - Judiciário) e estabelecidas as primeiras decisões e soluções do mais novo estado brasileiro, a 26ª estrela da Bandeira do Brasil.
O berço nascedouro do Tocantins, a partir daí, sorriu, sofreu e chorou. A felicidade estampada em sorrisos quando recebia inúmeras pessoas – investidores, aventureiros, empreendedores e trabalhadores em geral – vindas de todas as partes do país, em apenas um ano foi transformado em sofrimento, que levou os miracemenses ao desespero, que lhe impôs um choro que parecia eterno.
Um suposto desentendimento entre o primeiro governador do Tocantins, José Wilson Siqueira Campos e o então prefeito de Miracema, Sebastião Borba dos Santos, que teria como motivo o domínio das cotas do Fundo de Participação do Estado e do Município, provavelmente tenha antecipado a transferência da Capital para Palmas, começada a ser construída dia 20 de maio daquele ano.
A transferência aconteceu seis meses e alguns dias depois de iniciada a obra, ainda em barracões, sem infraestrutura e de forma improvisada.
A partir dai Miracema do Tocantins passou a conviver com um caos social. Esperanças perdidas, descasos injustos e desdém ao passado recente, consumiram a auto estima da gente miracemense, a confiança nos politicos e o medo de uma cidade falifa, que provocou êsodo social.
Uma lei que transforma Miracema em capital por um dia - 7 de dezembro - até os dias de hoje vem tentando adoçar o gosto amargo de uma vida imposta por aqueles que arrancaram abruptamente a capital por causa do capital. Fato que não conseguem, até porque, quando apparecem, vêm de forma inclopeta e improvisada.
A cada quatriênio, Miracema elege um 'suposto salvador da pátria', agradando um grupo e dentrimento de outro numa cidade então desunida pelo desemprego e pela miséria periférica, até que um, próximo ma inanimidade, acabou sendo assassinado ... e pior: um crime que vem compensado a que executou e, quem sabe, peincipalmente a quem mandou.
Tenho Dito.
José Carlos de Almeida
2 anos e 11 meses sem justiça: Mistério continua e se aproxima dos 3 anos sem elucidação
2 anos e 11 meses sem justiça: Mistério continua e se aproxima dos 3 anos sem elucidação
2 anos e 11 meses sem justiça: Mistério continua e se aproxima dos 3 anos sem elucidação
sob justificativa de investigação sigilosa, resguardado informações, mas deixando subentendido um suposto crime com motivação política.
Apesar da prisão de um suspeito de ter assassinado o prefeito em 30 de agosto de 2018, fato ocorrido há alguns meses, em São José do Xingu/MT, a Policia Civil não informa a versão do preso, tampouco porque não foi ainda recambiado para prisão tocantinense.
O crime que neste 30 de julho completa exatos 2 anos e 11 meses sem elucidação, vem demonstrando que no mais novo estado brasileiro, ‘o crime pode compensar’, em plena era tecnológica, onde câmeras, computadores e quebra de sigilo de redes sociais, indiciam quaisquer mobilidades.
Basta observar que a primeira capital do Tocantins, foi uma das primeiras cidades a contar com um centro de monitoramento, incrementado pelo próprio prefeito Moisés Costa, com aquisições de câmeras, equipamentos e concessões diversas, inclusive de servidores.
Embora a maioria da população continua incrédula, a viúva e familiares de Moisés da Sercon, assassinado dia em pleno exercício do cargo para o qual foi eleito com mais de 84% dos votos, permanece acreditando que logo terá a noticia identificando autoria e mandante do crime que comoveu Miracema, abalou o Tocantins e indignou o Brasil.
O CRME
Num inesquecível 30 de agosto de 2018, ainda pela manhã, o então prefeito da primeira capital do Tocantins, conhecido por Moisés da Sercon, em sua caminhonete, seguiu para a cidade vizinha (a 22 km) Miranorte, onde deixou funcionários num posto de combustível (cliente de seu escritório de contabilidade) e chegou à prefeitura daquela cidade, onde conversou com o gestor e teria saído rumo ao posto pegar os funcionários para retornar à Miracema do Tocantins. Estes teriam esperado Moisés por muito tempo, sem que tivessem noticias dele.
Já na metade do dia veio a noticia estarrecedora: Moisés foi encontrado morto, com um tiro na cabeça, dentro de sua caminhonete, numa estrada vicinal entre Miranorte e Rio dos Bois.
O desespero da família e a comoção popular se estampavam na primeira capital, enquanto a pergunta que nunca calou, ecoava em todos os cantos do município e do estado: Quem e por que matou Moisés?
Por José Carlos de Almeida
O homem que fez nascer e curou vidas, se despede de sua terra prometida
O homem que fez nascer e curou vidas, se despede de sua terra prometida
O homem que fez nascer e curou vidas, se despede de sua terra prometida
_____ CONHEÇA A HISTÓRIA DO MÉDICO QUE AMAVA MIRACEMA ____
Num triste sábado à noite, de 10 de julho deste 2021, vencido no combate contra um infarto iniciado no dia anterior, o médico clínico e obstetra Francisco Francimar Gonçalves Ferreira, foi abraçado pela morte aos 81 anos, deixando viúva Edivan Parente Aguiar, com quem foi casado por 45 anos e teve três filhos.
Entre um final de tarde e inicio de noite de um indesejado domingo (11), seu corpo baixou sepultura em sua 'terra prometida', quando chegou em 1973, após nascer no Ceará, se formar em Medicina em Pernambuco, passando por Goiânia até se render à Miracema onde se fixou desde a então do Norte até do Tocantins.
Tamanha perda que se entende, mas difícil de compreender, nos remete a uma partida fora de tempo, antecipada, suprimindo feitos, pois o abençoado médico tinha muito a fazer em sua existência, mesmo após uma aposentadoria vencida que esperou 14 anos para aceitar e requerer.
Numa entrevista que fiz com ele há 30 anos (1991) pela então Rádio Anhanguera AM, quando ressaltou sua religiosidade e destacou o bispo da época Dom Jaime Collins (1921/2002), que entrevistei na semana anterior, ele já decantava a cidade de Miracema como sua ‘terra prometida’.
Numa cerimônia da ACIAM realizada na AABB em 2018, Dr. Francimar recebe homenagem do odontólogo Dianarú Barros
HISTÓRIA
Francisco Francimar Gonçalves Ferreira, nasceu dia 3 de março de 1940 no sítio Tabuleiro de Dentro, em Umari, interior do Ceará. Seus pais, Alexandre Gonçalves de Araújo e Maria ferreira Lima, pequenos pecuaristas que sobreviviam da produção de leite e fabricação de queijos, ávidos devotos de São Francisco de Assis, tiveram ainda outro filho batizado de Francisco de Assis Gonçalves Ferreira.
Em 1950, ainda com 10 anos de idade, o jovem Francimar saiu de casa para iniciar seus estudos em Ipaumirim/CE. Naquela época foi cuidado por uma prima, mãe de sua professora Zenira Gonçalves, que a chamava de sua segunda mãe.
Terminando o estudo primário foi para a cidade de Cajazeiras/PB, onde fez exame de admissão ao Colégio Interno dos Padres Salesianos, obtendo excelente classificação. Quando completou 18 anos, justificado pelo excelente nível de escolaridade e comportamental, obteve a condição de aluno externo, para servir o Exército Brasileiro (1958).
Após o serviço militar e conclusão do curso Ginasial, Francimar voltou pra sua terra natal, onde na capital Fortaleza, ingressou no curso Científico. Época que morou sozinho, num precário hotel distante dos pais e do irmão. Mais tarde conseguiu vaga na Casa dos Estudantes, quando trabalhava em serviços diversos para manter alimentação e pagar taxa da casa de apoio.
Pronto para ingressar numa faculdade, Francimar mantinha acesa a chama, cada vez mais viva, de ser um médico, inspiração vinda de seu tio, Dr. Alexandre. Comprando livros em ‘sebos’ da região e por dois anos participando do curso pré-vestibular, finalmente conseguiu passar e ingressar na Faculdade de Medicina de Ciências Medicas em Recife/PE.
Enfim chegou o dia da formatura, quando com a presença dos pais, recebeu o chamado diploma superior, com certificação de habilitação para exercer a medicina.
Em busca da primeira colocação como profissional de medicina, encontrou dificuldades naquela capital pernambucana, percebendo igual situação em sua terra natal (Ceará), então decidiu tentar o estado de Goiás, onde havia oportunidades de trabalho nas cidades do interior.
Passou quatro meses em Goiânia/GO aguardando contratação, quando surgiu vaga num posto de Saúde em Xambioá, mas devido à consciência de estar preparado para exercer medicina num hospital, devido à complexidade exigida, e ainda naquela época a Guerrilha do Araguaia era um fator marcante na história daquela cidade, preferiu aguardar até que um dia a cidade que chamava de ‘terra prometida’ surgiu em sua vida: Miracema, então do Norte do Goiás.
Para conquistar a vaga surgida naquela cidade, que 15 anos depois seria consagrada capital provisória de um novo estado, teria que passar por 22 dias de avaliação em Porto Nacional, considerada cidade referencia em medicina no norte goiano.
Enfim, dia 23 de junho de 1973 o já Doutor Francisco Francimar abraçou a sorte, um lugar que viveu por 48 anos, até ser abraçado pela morte.
Esse momento histórico aconteceu exatamente embaixo do Cruzeiro cravado no alto da margem esquerda do rio Tocantins - hoje Ponto de Apoio - onde atracou numa modesta embarcação, recepcionado por Dr. Quincas (Joaquim Sardinha Neto) e Quirino de Sousa Ribeiro (seu amigo irmão camarada), pisou no chão de sua terra prometida.
Dr. Francimar foi acolhido no Hospital da OSEGO (Organização de Saúde do Estado de Goiás) - como era conhecida a Unidade Mista de Saúde de Miracema do Norte - pelos colegas médicos Dr. Ailton Romero, Dr. Franklim Amorim e funcionários daquela instituição, onde trabalhou e residiu no primeiro ano de moradia em Miracema – época que fazia as refeições no restaurante do Zezito - até adquirir sua própria casa onde morou até seus últimos dias de vida.
“Foi a realização de meu grande sonho, trabalhar num hospital, cuidando e curando gente”, dizia Dr. Francimar que substituiu a obstetra Dra. Elizabeth Kipman Cerqueira, dando continuidade e consolidou o projeto da Maternidade Mãe Domingas, fundada em 3 de abril de 1972, cujo nome popular homenageia a parteira Domingas Martins da Silva, que realizou mais de cinco mil partos.
Na maternidade denominada tecnicamente por CAMI-MN (Centro de Assistência Maternidade e Infância de Miracema do Norte), até o descredenciamento feito pelo SUS em 1999, foram contabilizados exatos 11.503 partos, nesse período cerca de cinco mil deles foram feitos por Dr. Francimar, onde trabalhou por 13 anos.
Nos 48 anos, desde que pisou em sua 'terra prometida', além do Hospital da OSEGO e da Maternidade Mãe Domingas, Dr. Francimar trabalhou por anos e dirigiu por várias vezes o Hospital de Referencia de Miracema.
Por inúmeras vezes foi convidado a trabalhar em outras cidades e até estados, mas sempre preferiu ficar junto aos seus, na sua ‘terra prometida’, inclusive na época da enchente de 1980, quando centenas de casas foram destruídas - inclusive a sua - preferiu continuar cuidando de sua gente e chegou a morar um tempo na Fazenda Sucupira, herdada por sua esposa Edivan Parente.
Com a noticia de sua partida, choros e lágrimas demonstraram o tamanho da perda nos rostos da maioria dos miracemenses.
Dr. Francisco Francimar e sua esposa Edivan Parente.
HONRARIAS
Entre os lamentos, foram lembradas suas ações, além do bem cuidar, da competência e do amor ao próximo, seus marcos como:
Fundador da Maternidade Mãe Domingas;
Fundador e Tesoureiro da 1ª Diretoria do CRM (Conselho Regional de Medicina) do Tocantins;
Diretor do Hospital de Referencia de Miracema;
Sócio Benemérito da APAE Miracema;
Diretor do Sindicato Rural de Miracema do Tocantins;
Sócio da Cooperativa Vale do Tocantins.
Dr. Francimar ainda foi outorgado com:
Atestado de Pioneiro do Tocantins (Casa Civil 08/11/1990;
Título Honorífico de Cidadão Miracemense (1994/Ver. Zacarias Jardim e 2003/Ver. Paulo Moraes);
Troféu Imprensa (1997/MIRA Jornal);
Comenda Mérito de Trabalhador (2001-2004/Rainel Barbosa).
LEGADO
O legado principal construído por Dr. Francimar, conforme dizia, foi a família: sua esposa Edivan Parente de Aguiar Ferreira, filha de Propício Costa Aguiar (Parrião) e Elza Parente Aguiar, sua única mulher (casados por 45 anos) e eterno amor, abençoado com três filhos nascidos na Maternidade Mãe Domingas: Adler (31/10/1978), advogado, casado com a psicóloga Divina Costa, residentes em Goiânia/GO; Thales (03/07/1980), médico, casado com a médica Márcia Figueiredo – que deu o primeiro neto João Pedro -, residentes no Rio de Janeiro/RJ; e Alexandre (12/19/1987), zootecnista, casado com a biomédica Amanda Mortoza, residentes em Araguaina/TO.
Por Jornalista José Carlos de Almeida
Mais vídeosVideo Mira
Neguinho da Beijaflor - Um sorriso Negro
20/NOV. / Dia da Consciência NegraAo sancionar o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra como feriado nacional, por meio Lei nº 3.268/2021, o Brasil avança no reconhecimento das lutas e conquistas da população negra.
A escolha do dia 20 de novembro se deu em alusão à morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, como resistência contra a escravidão: “A data é um símbolo de luta, resistência e orgulho. Esse é um momento para reforçar a luta contra o racismo e a necessidade de honrar as contribuições africanas na formação da sociedade brasileira”, defende o docente, citando que a influência da cultura africana no cotidiano brasileiro.
APOIO: MIRA Jornal
Comente
-
José Oliveira Martins
04/11/24 09h12 Miracema do Tocantins está se transformando num puxadinho do PCC doa onde doer. Infelizmente temos um Quartel da PM e... -
mirajornal.com.br
30/10/24 11h29 Projeto da Professora Dorinha que leva transporte e alimentação para institutos federais é aprovado na CAE- A... -
José Professor
07/10/24 06h53 O Brasil é o único Pais do Mundo que é governado por um LADRÃO. Chego a ter vergonha de me declarar como BRASILEIRO....
Galeria de Eventos
Jornal Impresso
Em Breve
2010 c Mira Jornal. Todos os direitos reservados.